oradores de Rosário Oeste, a 133 km de Cuiabá, estão tentando arrecadar dinheiro para evitar o fechamento do único hospital da região, administrado pela Associação Municipal de Proteção e Assistência de Rosário Oeste (Amparo). Eles lançaram uma "vaquinha" virtual para receber doações.
O Hospital Amparo acumula um dívida de mais de R$ 500 mil e pode fechar as portas.
De acordo com o diretor da instituição, Assunção Igino, a dívida se acumulou ao longo de 20 anos por falta de recolhimento das guias de INSS, FGTS dos funcionários e outros impostos.
"Não foram 20 anos consecutivos, mas, entre um ano e outro, algumas guias não foram recolhidas e o montante foi sendo acumulado, até que chegou no limite", explicou.
Segundo ele, o não pagamento da dívida impede que o hospital tenha certidão negativa e, assim, não pode receber repasses dos governos federal e estadual.
"A nossa maior dívida é previdenciária, acumulada em mais de R$ 400 mil e, se não pagarmos nenhuma parcela, teremos que fechar", afirmou.
Assunção explicou ainda, que desde o início deste mês, não tem previsão de receita e a única fonte de renda são as doações feitas pela população e pelos sócios voluntários.
Na tentativa de salvar o hospital, foi criada uma comissão chamada de "SOS Amparo", que está mobilizando a cidade em busca de doações.
Um dos integrantes dessa comissão é o padre Manoel da Ascensão Pereira e Silva.
"Estamos de porta em porta pedindo socorro à população", disse o padre.
A SOS Amparo recebeu o apoio de jovens que se uniram e criaram a "vaquinha" virtual, onde as pessoas podem fazer doações e contribuir para a recuperação financeira da unidade de saúde.
Além disso, a comissão está organizando eventos sociais e culturais também com a intenção de arrecadar dinheiro e, assim, sanar a dívida do hospital.
O Hospital Amparo foi fundado há 50 anos. Tem 40 leitos e oferece atendimento de urgência e emergência. Tem 35 colaboradores, entre plantonistas e efetivos.
Atualmente a instituição conta, exclusivamente, com doações de voluntários.