Mais de 200 kg de pescado irregular foram apreendidos por fiscais da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) durante patrulhamentos terrestres feitos em Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá. As apreensões ocorreram durante a semana, mas foram divulgadas apenas na sexta-feira (27) pela pasta.
A primeira apreensão ocorreu na quarta-feira (25), quando 73,8 kg de peixes das espécies cachara, pintado, pacu e barbado foram capturados. O pescado foi doado para a Associação Beneficente Voz da Verdade, localizada no Bairro CPA II, na capital.
Já a segunda apreensão foi feita na quinta-feira (26), quando um total de aproximadamente 130 kg de pescado de espécies nobres, assim redes de pesca, foram encontrados. Os peixes capturados deverão ser doados para a Instituição Seara Espírita de Luz, no bairro Boa Esperança, em Cuiabá, segundo a pasta.
Segundo a Sema, a irregularidade restou configurada pela pesca predatória com rede e pela falta de medida dos peixes permitida por lei. De acordo com os fiscais, os infratores não foram encontrados.
A pasta alerta que o momento atual é de "lufada", ou seja, momento em que os peixes formam cardumes e sobem o rio, ficando mais vulneráveis para captura. Os que não conseguem subir para os leitos dos rios servem de alimento para aves e jacarés. Os que conseguem sair, estão "gordos" devido à alimentação mantida nos campos inundados durante a estação das águas.
Embora esteja fora do período de defeso da piracema estadual, os pescadores profissionais e amadores precisam seguir algumas regras, como o não uso de apetrechos de pesca - tais quais tarrafa, rede, espinhel, cercado, covo, pari, fisga, gancho, garateia pelo processo de lambada, substâncias explosivas ou tóxicas, equipamento sonoro, elétrico ou luminoso.
Além disso, as medidas mínimas dos peixes constam na carteira de pesca do estado e algumas delas são: piraputanga (30 cm), curimbatá e piavuçu (38 cm), pacu (45 cm), barbado (60 cm), cachara (80 cm), pintado (85 cm) e jaú (95 cm).