Um adolescente, de 14 anos, teve queimaduras de 2º e 3º graus no pescoço após usar etanol para por fogo em folhas secas enquanto limpava o quintal. Thiago de Freitas está internado há uma semana no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), no Pronto Socorro de Cuiabá.
O acidente aconteceu no dia 30 de abril, na casa da família, em Comodoro, a 677 km de Cuiabá.
De acordo com Roberto Carlos de Freitas, pai de Thiago, o garoto limpava o quintal da casa, e juntava folhas secas para serem queimadas. Na hora de acender o fogo, ao usar etanol, o fogo voltou-se contra ele.
O pai contou ainda que é costume da família limpar o quintal e colocar fogo nas folhas, mas eles nunca haviam usado etanol para isso.
“A gente sempre limpa o quintal e põe fogo, mas dessa vez, ele pegou o resto de álcool que a irmã tinha usado para fazer sabão e aí o acidente aconteceu”, contou.
Além das queimaduras no pescoço, o menino teve parte do rosto e do braço esquerdo atingidos.
Thiago correu até um tanque e tentou apagar o fogo com água. Os familiares também tentaram ajudar.
Depois de socorrido, o menino foi levado para um hospital em Cáceres, a 220 km de Cuiabá e 423 km de Comodoro.
Segundo a equipe médica que atendeu ao menino, o estado de saúde dele é estável e ele não corre risco de morte. Thiago passará por uma cirurgia para colocação de traqueostomia que vai ajudar na respiração.
O garoto também deve passar pela avaliação de um cirurgião plástico e depois passar por uma cirurgia no pescoço, que foi o local mais atingido pelo fogo.
“O médico disse que a traqueostomia é temporária, até que as correções da cirurgia plástica sejam concluídas, caso ele precise de enxerto no pescoço e nos lábios”, disse o pai.
Apesar da gravidade das queimaduras, nenhum órgão interno foi atingido e as complicações são somente na pele.
A família está fazendo uma campanha para custear o tratamento de Thiago, depois que ele sair do hospital.
Segundo Bruna de Freitas, que saiu do emprego para cuidar do irmão, ele vai precisar de roupas térmicas e muitos remédios, que a família não têm condições de comprar. O pai do menino é funcionário de uma madeireira no município.