O diretor da empresa Rumo Logística, Júlio Fontana, vai apresentar, no próximo dia 23, no Sindicato Rural de Nova Mutum, os planos de expansão em Mato Grosso da ferrovia Vicente Vuolo, que liga Rondonópolis ao Porto de Santos (SP). O prefeito Adriano Pivetta informou, que a empresa não quis adiantar detalhes sobre o projeto de expansão, porém, acredita que há uma boa notícia a caminho. “A gente tem que sonhar. Não é novidade para ninguém o quanto a nossa região é promissora. Se estão propondo esta apresentação é porque pode existir uma luz”.
O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES), Paulo Rabello, o presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres Jorge Bastos são esperados no encontro. O painel apresentado por Júlio Fontana será debatido pelo secretario estadual de Infraestrutura, Marcelo Duarte, o presidente do movimento Pró-Ferrovia, Francisco Vuolo, e o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Endrigo Dalcin. Além de Júlio, também palestrará o ex-secretário municipal de Transportes de São Paulo (SP), Frederico Bussinger. Ele falará sobre os “Desafios das ferrovias brasileiras”. Serão debatedores neste painel o diretor executivo do movimento Pró-Logística de Mato Grosso, Edeon Vaz, o secretário de Coordenação de Projetos, Tarcísio Gomes de Freitas, e o secretario de Fomento e Parcerias do MTPAR, Dino Antunes Batista.
O fórum denominado “Ferrovias e a Integração dos Modais” contará com pronunciamentos do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, do secretario nacional de Políticas Agrícolas, Neri Geller, do diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Luiz Bastos Macedo, do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento e Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, e do governador de Mato Grosso, Pedro Taques. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, não participará devido a um compromisso, mas se comprometeu a enviar um representante.
Adriano Pivetta destacou o potencial produtivo da região Médio-Norte em contraste com as dificuldades de logística. “Não é possível que, depois de 30 anos, a gente continue escoando a produção por uma via só, que é a BR-163. Temos mais de 3 milhões de hectares de produção agropecuária, mas a nossa dificuldade é logística. Então, o intuito é interagir com estas lideranças e com a detentora da ferrovia para ver quais são estes planos de expansão. A gente sabe que estas coisas não acontecem do dia para a noite, mas é inevitável que uma hora vai sair”.
A expansão da Vicente Vuolo vem sendo discutida há vários meses. Em março, o assunto foi tema de um evento em Cuiabá porque a capital também está nos planos de expansão da ferrovia. Caso o projeto saia do papel, deve beneficiar 13 municípios e contribuir para atrair indústrias, reduzir custo do frete, gerar emprego e desenvolver a região economicamente.
Lideranças como Edeon Vaz, do Pró-Logística, no entanto, pedem que a ferrovia seja estendida até Lucas do Rio Verde, onde faria um entroncamento com a Ferrogrão (Sinop-Miritituba, no Pará), e a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico).