O principal suspeito de atear fogo na prefeitura de Nova Bandeirantes (525 quilômetros de Sinop), foi morto a tiros, ontem à noite, em uma residência localizada em Apiacás. A informação foi confirmada pelo prefeito Valdir Pereira dos Santos (PSB). “O delegado disse que ele confessou o crime. Quando ao assassinato são poucas as informações. A família nos procurou para pedir ajuda com o processo fúnebre”, resumiu o prefeito, ao Só Notícias.
O investigador de Polícia Civil, Luander Passberg, disse que o homem, de 26 anos, foi atingido e caiu na porta do imóvel. Cápsulas de revólver foram encontradas no local. “Estamos começando a investigar. As pessoas estão com medo e não querer dizer o que aconteceu. A princípio as únicas informações que temos são essas”.
Não é descartada a hipótese do assassinato ter sido cometido por duas pessoas. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de Alta Floresta esteve no local e providenciará laudo apontando as circunstâncias do crime. Não há informações sobre os procedimentos fúnebres.
A sede da prefeitura ficou totalmente destruída em outubro do ano passado. O fogo começou nos departamentos de contabilidade, recurso humanos, finanças, compras e tributos. As chamas foram controladas com ajuda de populares e funcionários, utilizado um caminhão-pipa, além de um trator para evitar que se alastrasse. O prefeito disse, anteriormente, que dois homens encapuzados –um deles a vítima assassinada, segundo o prefeito- renderam o vigilante e atearam fogo. “Eles renderam o servidor e disseram que iram fazer um ‘servicinho’ na prefeitura. Queriam saber onde era a minha sala, mas o guarda apontou para o outro lado e neste local o fogo começou".
Conforme Só Notícias já informou, praticamente toda a estrutura foi destruída. O incêndio ocorreu logo após agentes da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) fazerem operação na prefeitura com 10 ordens judiciais de conduções coercitivas de membros da prefeitura e prestadores de serviços, acusados de desvios de recursos públicos após emissão em duplicidade de documentos denominados Notas de Autorização de Despesas (NAD) e pagamentos ilegais efetuados em caráter de prioridade por serviços não prestados a prefeitura.