A Caixa Econômica Federal liberou R$ 8,7 bilhões em linhas de crédito para financiar imóveis de famílias com renda total de até R$ 4.000. O objetivo é destravar os financiamentos vinculados ao programa Minha Casa Minha Vida.
"Com essa suplementação, a Caixa garante recursos suficientes para normalizar o ritmo de contratações do Programa Minha Casa Minha Vida para famílias com renda familiar bruta mensal de até R$ 4 mil", diz o banco em comunicado.
A contratação de empréstimos na Caixa sofreu mudanças em agosto deste ano, após a edição da Instrução Normativa 32, do Ministério das Cidades. A nova regra estabeleceu um teto mensal para a utilização dos recursos do FGTS em habitação.
Na prática, esse limite mensal reduziu o ritmo de liberação dos créditos, afetando principalmente as famílias com renda mais baixa, de até R$ 4.000.
No comunicado de hoje, a Caixa voltou a defender a IN 32/2017, que tem o "objetivo de cumprir o orçamento anual disponível até dezembro" e "manter aquecida a indústria da construção civil do país".
Segundo a Caixa, os empréstimos em 2017 somam R$ 72,4 bilhões, cerca de 20% a mais do que no mesmo período do ano passado. O banco estatal é o principal financiador para a compra de imóveis no País, com cerca de 68% de participação no mercado.
Outras mudanças
Também em agosto, a Caixa anunciou a redução dos limites de financiamento, que caiu de 90% para 80% do valor do imóvel.
A medida atinge as linhas para o Minha Casa Minha Vida; a pró-cotista, com recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço); além do SFH (Sistema Financeiro da Habitação), que usa recursos da caderneta de poupança.
Na tabela Price, que tem prestações constantes, a Caixa decidiu manter o teto no caso do programa Minha Casa, Minha Vida. Reduziu, entretanto, de 70% para 60% o limite para imóvel usado financiado pela linha Pró-Cotista e de 80% para 70% no financiamento de imóveis com recursos CCFGTS.
Em julho, a Caixa havia anunciado que a linha pró-cotista seria retomada apenas em 2018, que tinha sido suspensa em maio, devido a falta de recursos.