O manifesto nacional deflagrado pelos caminhoneiros ganha a adesão do setor produtivo de Juara e dos comerciantes.
O bloqueio da Rodovia do Vale começou por volta das 09h00, quando os proprietários de máquinas e caminhões trancaram a rodovia, logo após a ponte sobre o Rio Arinos.
Alguns estabelecimentos comerciais também estão com as portas fechadas e a Prefeitura Municipal e a Câmara de Vereadores terão apenas expediente interno em solidariedade à causa dos protestos contra os abusivos aumentos dos combustíveis.
Na Rodovia do Vale, a reportagem do Amplitudenews conversou com um caminhoneiro de Brusque, Santa Catarina, que pediu para não ser identificado. Segundo ele, vai permanecer na barreira, em Juara, até que quando o comando nacional da paralisação determinar.
“Temos que parar este país e mostrar para os governantes que a força sai do povo. Vivo na estrada com meu caminhão, um custo de manutenção muito alto, prestação que tenho que pagar e o governo sacaneando com a gente. Roubaram a Petrobras e agora estão arrancando tiras de couro de nosso lombo. Estou apoiando sim o movimento e parabeniza Juara por aderir a nossa causa” disse o catarinense.
Máquinas e caminhões bloqueiam as MTs 220/325, chamadas de Rodovia do Vale, que ligam Juara a MT 170.
Os organizadores colocaram tendas para que os motoristas tenham um pouco de sombra no local e garantem que o bloqueio vai até quando a categoria firmar um acordo com o governo que até agora não apresentou uma proposta de satisfatória aos manifestantes.
“Sem caminhão o Brasil para, como se observa em várias regiões. Não aguentamos mais os constantes reajustes dos combustíveis e a situação em que se encontra o país. Todos estamos trabalhando no sufoco e os homens de Brasília têm que ouvir o clamor das ruas, das estradas, de quem produz para o crescimento e sustento da família” argumentou Sebastião Piovezan, um dos coordenadores do movimento em Juara.
A Polícia Militar está no local do bloqueio para garantir a segurança dos manifestantes e coordenando o trânsito, uma vez que veículos leves, ambulâncias, ônibus e cargas vivas estão com a passagem liberada na barreira.