A paralisação de caminhoneiros em Mato Grosso já afetou o abastecimento da Central de Abastecimento de Mato Grosso (Ceasa/MT), localizada no Distrito Industrial de Cuiabá, que já registra nesta quinta-feira (24) a falta de mercadorias e alimentos na unidade.
Em Mato Grosso, são registrados 25 pontos de manifestação dos caminhoneiros. Eles protestam pelo quarto dia contra aumento de combustível.
A Ceasa centraliza o abastecimento de frutas, legumes e verduras para Mato Grosso e comercializa para atacadistas e varejistas.
Em função dos bloqueios, as mercadorias não são entregues e acumulam em câmaras frias e armazéns. De acordo com a Ceasa, alguns funcionários foram enviados para os bloqueios mais próximos para retirar as mercadorias retidas nos bloqueios e trazer até a central.
No entanto, os manifestantes também impedem a retirada dos produtos ou o deslocamento dos veículos retidos nos bloqueios.
Ainda conforme a Ceasa, se a situação não mudar, há previsão de liberar os funcionários do serviço a partir desta sexta-feira (25).
Em nota, a Associação de Supermercados de Mato Grosso (Asmat) se que está acompanhando o protesto nacional de caminhoneiros contra o aumento do preço do diesel. A entidade já identificou alguns itens que podem sofrer desabastecimento, como carnes e verduras.
“O setor espera que os grevistas e Governo Federal cheguem a um acordo o mais rápido possível, evitando assim que a população sofra com a falta de produtos de necessidade básica e que ocorra aumento de preços ao consumidor final”, disse a Asmat.
“Isso começa a ter reflexo nos preços dos produtos, porque o óleo diesel é o que transporta e faz o Brasil girar. Isso nos causa uma preocupação muito grande, porque vai ocorrer aumento no frete. É uma situação que você tem que repassar o custo”, declarou o o presidente da Asmat, João Carlos Sborchia.