A falta de combustível na cidade de Rondonópolis pode prejudicar os serviços de Saúde, Educação e transporte público. A população deve sentir os efeitos nos próximos dias se os caminhões de combustível não chegarem aos postos. Nesta quinta-feira (24) os motoristas até que tentaram encher o tanque, sem sucesso, já que muitos estabelecimentos já estão sem combustível.
As empresas de transporte coletivo informaram que devem reduzir pela metade a circulação dos veículos a partir da tarde desta segunda-feira (28). A empresa de ônibus Cidade de Pedra abastece os veículos nas garagens, onde mantêm um estoque de combustível suficiente para, no máximo, três dias de abastecimento total.
“Nós temos um estoque para os ônibus até domingo (27), se continuar a manifestação, a situação vai começar a apertar e nós vamos ter que priorizar as linhas que atendem o maior número de pessoas”, explicou o gerente geral Paulo Sérgio.
Outro serviço que pode ser prejudicado é a área da Saúde, segundo a secretária da pasta do município, Izalba Albuquerque, os pacientes podem ser diretamente prejudicados. “As ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), os carros da Saúde que encaminham pacientes aos hospitais ou até Cuiabá todos dias, são abastecidos diretamente na bomba dos postos e sem combustível é impossível isso acontecer”, aponta.
A Secretaria de Educação Municipal informou estar em alerta, mas por enquanto o transporte escolar continua normalmente, inclusive a barreira feita pelos caminhoneiros permite a passagem dos ônibus escolares.
A manifestação já está no 4º dia e os caminhoneiros que bloqueiam as rodovias federais e estaduais de Mato Grosso, não tem previsão para finalizar. Algumas cidades já começam a enfrentar escassez de combustíveis e até falta de alguns itens como alimentos.
Em MT, já são 22 bloqueios em diferentes cidades o que impede a circulação de carretas e caminhões que fazem o abastecimento de supermercados e postos de combustíveis.