O juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, manteve as prisões preventivas decretadas contra Guilherme Dias de Miranda e Wallisson Magno de Almeida Santana, acusados de assassinar o personal trainer Danilo Campos em novembro de 2017. Audiência de instrução foi marcada para o dia 29 de junho.
As defesas argumentaram que são réus primários, que possuem residência fixa e ocupação lícita. Segundo informado pelas defesas, Guilherme e Wallisson não representam ameaça a ordem pública.
O pedido foi prontamente negado por Miraglia. “Compulsando os autos verifico que os argumentos utilizados para a revogação da prisão preventiva de ambos os acusados não merecem guarida”, afirmou o juíz.
O magistrado explicou em sua decisão que o acusado Guilherme Dias apresenta indícios da prática de estelionato, dentre outros crimes, conforme ficha de antecedentes criminais. Já o réu Walisson responde por crime de homicídio em atos de execução perante o juízo da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande.
Miraglia citou ainda o fato de ambos terem fugido de Cuiabá para São Paulo, local onde foram presos pela Polícia Civil com passagens já compradas para fugiram para o exterior. “Extrai-se do relatório da autoridade policial que os acusados fugiram do distrito da culpa por quase três meses e mudaram-se para o Estado de São Paulo fazendo uso de identificação falsa”.
O caso
A denúncia foi recebida no dia 10 de abril. Após a tramitação do processo, Guilherme e Wallisson deverão ser pronunciados para enfrentarem júri popular. Segundo Miraglia, toda a fase de instrução processual será conduzida por ele.
Caso provas suficientes sejam reunidas, sentença de pronunciamento enviará a ação para a 1ª Vara Criminal de Cuiabá, responsável pelos júris. O crime foi praticado no dia 8 de novembro de 2017, no bairro Goiabeiras, em Cuiabá. O corpo do personal foi encontrado caído ao lado do carro, na Rua General Ramiro de Noronha.
Testemunhas relataram que 2 homens em uma motocicleta se aproximaram do carro da vítima perto de uma conveniência, na Rua General Ramiro de Noronha, no Bairro Duque de Caxias e mataram o personal a tiros.
Guilherme, que é acusado de ser o mandante, e Walison Magno de Almeida, o executor, estão presos desde o dia 17 de março. Segundo as investigações da Polícia Civl, Guilherme teria ordenado a morte de Danilo por ciúme de sua então esposa, Ane Lise Hovoruski que estaria tendo um caso amoroso com o personal.