O governo federal anunciou, na noite de quinta-feira 24, uma proposta para suspender a paralisação dos caminhoneiros por 15 dias. Porém, nesta sexta-feira 25 os manifestantes continuam a bloquear pelo menos 26 trechos de rodovias federais que cortam Mato Grosso. Em outros Estados, a situação é a mesma. Vale lembrar que diversos serviços foram suspensos ou reduzidos pela falta de combustível. O protesto já dura cinco dias e tem reflexos em diversos setores.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado de Mato Grosso (Sindmat), Eleus Vieira de Amorim, confirmou que os caminhoneiros continuam mobilizados: “Não aceitaram esta proposta que veio lá de Brasília.
Nos pontos de concentração continuam com trânsito livre os ônibus, automóveis, motocicletas, cargas vivas e perecíveis.
Na última quinta-feira, alguns donos de postos de Juara, Novo Horizonte do Noerte e Porto dos Gaúchos informaram ao Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo) que o estoque de combustível poderia se esgotar ainda ontem. Em Juara não há mais combustíveis em vários postos e o pouco que tem em outros não suporta o abastecimento até a tarde de desta sexta-feira 25.
Os caminhoneiros estão passando dia e noite no ponto de bloqueio na Rodovia do Vale e acrescentaram que só pretendem deixar o movimento quando o problema for resolvido.
Em razão da paralização dos caminhoneiros, o transporte e o consequente bloqueio nas bases de distribuição, o abastecimento nos postos está comprometido. Com a falta de produto em alguns estabelecimentos, e a falta de paciência para esperar na fila, os usuários procuram outros postos e assim gastando mais combustível.
A mobilização foi proposta pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e iniciou na manhã de segunda-feira 21. Em razão dos pesados impostos e do baixo valor dos fretes, a categoria afirma que enfrenta uma grave crise e articulou ações em todo o país para evidenciar o descontentamento com a política econômica.
A Polícia Militar de Juara está no local do bloqueio coordenando o trânsito e Procon não registrou nenhum preço abusivo nos postos do Vale do Arinos.