Trinta e um pontos de protesto são registrados na manhã desta sexta-feira (25) no quinto dia de manifestação de caminhoneiros nas rodovias federais de Mato Grosso. Os protestos ocorrem na BR-070, BR-174, BR-158, BR-364, BR-163, MT-358 e MT-480.
Veja os principais reflexos da paralisação no estado:
Por falta de combustível, todos os três postos localizados em Tapurah, a 414 km de Cuiabá, fecharam as portas desde a tarde de quinta-feira (24).
Em Cuiabá e Várzea Grande, na região metropolitana da capital, há unidades fechadas e outras com apenas uma das opções na bomba (etanol, gasolina ou diesel). Também há relato de falta de combustível em postos de Barra do Garças, Pontal do Araguaia, Primavera do Leste, Nova Xavantina, Diamantino e Juína.
Desde quarta-feira (23), com receio de ficar sem combustível, alguns consumidores fazem filas nos postos e abasteceram galões para estocarem em casa.
A frota do transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande, na região metropolitana da capital, foi reduzida em 50% nesta sexta-feira (25) por falta de combustível, segundo anúncio das prefeituras. A medida foi tomada em consequência da greve dos caminhoneiros pelo preço do combustível e outras cobranças.
Com a possibilidade de falta de combustível, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) informou nesta sexta-feira (25) ter adotado algumas medidas, como a suspensão de viagens e uso de veículos para serviços das entidades ligadas à pasta.
A paralisação dos caminhoneiros nas rodovias em Mato Grosso afetou o transporte escolar de Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá, entre outros setores.
Já em Tangará da Serra, segundo a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, a suspensão começou na quinta-feira (24), por causa da falta de combustíveis em decorrência da paralisação nas rodovias.
A Secretaria de Comunicação Social de Várzea Grande informou que os serviços essenciais de coleta de lixo e de transporte coletivo vão sofrer uma redução por causa da falta principalmente de combustível e de insumos necessários para a manutenção dos serviços de transporte de passageiros e de coleta de lixo, considerados essenciais pela administração pública.
Em Sinop, a coleta de lixo também foi prejudicada em alguns bairros. A prefeitura informou que, por causa dos bloqueios dos caminhoneiros, os caminhões da empresa que faz o transporte do lixo coletado para o aterro no Distrito de Primaverinha ficam impedidos de trafegar pela rodovia.
A concessionária responsável pelos serviços públicos de água e esgoto de Cuiabá anunciou nesta sexta-feira (25) que, por causa da greve dos caminhoneiros que já entrou no 5º dia, foram suspensos pequenos reparos no sistema de abastecimento, por falta de combustível para o deslocamento das equipes.
Com a greve dos caminhoneiros, os estoques de mercadorias da Central de Abastecimento de Mato Grosso (Ceasa), em Cuiabá, estão chegando ao fim. Nesta sexta-feira (25), algumas bancas nem abriram porque não têm mercadorias a oferecer aos clientes.
Segundo a Associação dos Permissionários do Terminal Atacadista de Cuiabá (Apetac), não tem mais laranja e melão nas bancas e para distribuir aos mercados. Além disso, a batata-inglesa está escassa.
No trecho sob concessão da Rota do Oeste, concessionária que administra as rodovias de Mato Grosso, em todos os locais está autorizada a passagem de veículos de passeio, ônibus, ambulância e de carga viva e perecíveis.