Pelo menos 27 pontos de bloqueio são registrados na manhã deste sábado (26) no sexto dia de manifestação de caminhoneiros nas rodovias federais e estaduais de Mato Grosso. Os protestos ocorrem na BR-070, BR-174, BR-158, BR-364, BR-163, MT-358 e MT-480.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os trechos não estão bloqueados, entretanto, os caminhões de carga permanecem parados. Os outros veículos circulam livrementes pelas vias.
O protesto teve início na segunda-feira (21) contra o reajuste no preço do combustível anunciado pela Petrobrás.
Os manifestantes mantêm os caminhões parados mesmo após o decreto do governo federal que autoriza o uso das Forças Armadasem todo o território nacional, para desobstrução de vias públicas federais.
Ainda de acordo com a PRF, os caminhoneiros que estiverem parados no pontos de bloqueio e desejarem seguir viagem deve entrar em contato com equipes da polícia, fornecendo nome, localização e contato, para que a carga seja escoltada.
Na madrugada deste sábado (26), 44 mil litros de combustível foram escoltados até o Aeroporto Marechal Rondon em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá.
No trecho sob concessão da Rota do Oeste, concessionária que administra as rodovias de Mato Grosso, em todos os locais está autorizada a passagem de veículos de passeio, ônibus, ambulância e de carga viva e perecíveis.
Confira os reflexos da paralisação no estado:
Com a greve dos caminhoneiros, os estoques de mercadorias da Central de Abastecimento de Mato Grosso (Ceasa), em Cuiabá, estão chegando ao fim. Neste sexta-feira (26), grande parte das bancas não abriu pela falta mercadoria.
Segundo a Associação dos Permissionários do Terminal Atacadista de Cuiabá (Apetac), continuam funcionando apenas a bancas com produtores da região, que não necessitam do transporte nas rodovias.
Cerca de 80% das indústrias frigoríficas do estado paralisaram as atividades no estado em decorrência da greve dos caminhoneiros. Segundo o Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo), por falta de transporte, não é possível retirar os bois das fazendas mato-grossenses.
Por dia, aproximadamente 16 mil cabeças deixarão de ser abatidas em Mato Grosso.
A frota do transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande, na região metropolitana da capital, foi reduzida em 50% nesta sexta-feira (25) por falta de combustível, segundo anúncio das prefeituras. A medida foi tomada em consequência da greve dos caminhoneiros pelo preço do combustível e outras cobranças.
Veja os locais onde há protestos: