Sem receber cargas de produtos, estabelecimentos comerciais em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, estão restringindo a quantidade de produtos compradas pelos clientes. A falta de mercadorias é reflexo da greve dos caminhoneiros que fazem o sexto dia de manifestação em rodovias pelo Brasil.
Ao todo, 27 pontos de bloqueio são registrados na manhã deste sábado (26) em Mato Grosso. Os protestos ocorrem na BR-070, BR-174, BR-158, BR-364, BR-163, MT-358 e MT-480.
Uma placa colocada nas prateleiras de um supermercado em Rondonópolis avisa: “senhores clientes, devido a greve dos caminhoneiros, não estamos vendendo produtos em grandes quantidades”.
Em outros estabelecimentos naquele município, o estoque de legumes e frutas trazidos de outros estados já esgotou.
Outros produtos como batata e tomate ainda são encontrados, mas têm alta no preço.
Em Cuiabá, os comerciantes e consumidores afirmam que, por causa da falta de abastecimento, as prateleiras estão vazias, os preços aumentaram e qualidade diminui.
Segundo o feirante Thiago Nogueira, o valor dos legumes já apresentam alta no preço, em relação a semana anterior. O saco de batata que variava entre R$ 70 e R$ 90, passou a custar R$ 300.
“É uma situação difícil, temos clientes fixos e não podemos elevar os preços para eles. Com isso, o lucro caí e acabamos perdendo. O estoque diminuiu, os preços aumentaram e, em consequência, os clientes sumiram”, disse.
Em Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá, o preço do kg da couve-flor chegou a custar R$ 20. O estabelecimento, entretanto, negou que o valor tenha influência da greve dos caminhoneiros.
Segundo o gerente, os funcionários se esqueceram de alterar o valor na balança na hora de etiquetar o produto. O equívoco seria desfeito ainda nesta sexta-feira (25).