Márcio Bertoso Barbosa confessou à juíza Ana Helena Alves Porcel Ronkoski, que esfaqueou a barriga da esposa, grávida de 9 meses, por desconfiar que o filho não era dele. O bebê morreu, mesmo após médicos realizarem uma cirurgia cesariana emergencial.
O crime aconteceu na quitinete em que o casal morava em Nova Mutum. Relatos afirmam que a vítima vivia um relacionamento abusivo com o agressor e que no dia do fato teve uma briga com ele, afirmando que sairia de casa.
O assassino teve prisão preventiva decretada na audiência de custódia, na qual afirmou que as discussões eram constantes por desconfiar que o filho não era seu. Ele ainda confessou que esfaqueou a esposa por achar que ela iria para casa de outro homem ao vê-la arrumando as malas.
“Informa que ficou imbuído de ciúmes achando que sua esposa iria para de outro homem e sem pensar nas consequências pegou uma faca e esfaqueou a barriga da sua esposa quando a mesma estava se deslocando pelo corredor que dá acesso da sua casa até o portão de saída”, consta no depoimento do agressor.
A gestante correu para a rua e caiu no chão. Testemunhas acionaram o Corpo de Bombeiros, que levou a vítima para o Hospital Municipal de Nova Mutum, onde passou por cirurgias de emergência, porém, o bebê já não apresentava sinais vitais.
O marido ficou no local do crime, detido por testemunhas, porém, foi rapidamente levado para delegacia, pois populares queriam matá-lo.
“Desta forma, considero válida a decretação da prisão preventiva daquele que mantém postura agressiva e desequilibrada contra um semelhante que acabou por atingi-lo com 1 golpe de faca em região letal, provocando o óbito do próprio filho, justificando, assim, a manutenção da sua segregação cautelar como forma de resguardar a ordem pública”, decidiu a juíza.
Ele foi enquadrado no crimes do art. 125 do código penal (provocar aborto, sem o consentimento da gestante) e artigo 121, homicídio.
Fonte: Agitos Mutum