O Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (SIMNO) recebeu, na tarde desta quinta-feira (24) o 1º lugar no Prêmio Nacional de Boas Práticas Sindicais, realizado pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e Federação das Indústrias de Mato Grosso (FIEMT). O reconhecimento faz referência a um projeto idealizado pelo sindicato, em Juína, para reaproveitamento dos resíduos da indústria madeireira para fins de compostagem. O projeto é desenvolvido em parceria com a Associação dos Moveleiros de Juína (ASMOJU) e o Frigorífico RS, com apoio do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadores de Madeira do Estado de Mato Grosso (CIPEM). "Isso vem contemplar todo o setor de base florestal. É um importante reconhecimento das ações que os sindicatos promovem que vão além apenas da questão comercial da madeira", disse o presidente do SIMNO, Paulo Veronese.
Outro sindicato associado ao CIPEM, o Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso (SINDUSMAD) ficou com o terceiro lugar no Prêmio, através do projeto Família SINDUSMAD, que trabalha conceitos sobre o setor florestal para estudantes de escolas do município de SINOP. “Nos sentimos honrados pelo prêmio. É um trabalho social, conscientizando as crianças sobre o valor e a importância do setor de base florestal, entendendo o quanto contribuímos para o desenvolvimento do estado e a conservação da Amazônia”, explicou o presidente do SINDUSMAD e diretor financeiro do CIPEM, Sigfrid Kirsch.
As informações sobre a premiação foram repassadas durante a reunião da diretoria do CIPEM, realizada na última quinta-feira (24), em Cuiabá, com a participação dos demais sindicatos associados.
Durante a reunião também foram discutidas outras pautas referentes ao setor de base florestal. A principal delas diz respeito ao cadastro técnico federal e da taxa de controle e fiscalização ambiental. É preciso que as empresas adequem o porte de acordo com o faturamento para evitar multas. Sobre esse assunto, o CIPEM prepara um documento explicativo que será disponibilizado a todos os associados até o dia 30/05.
Kirsch, falou ainda sobre a participação, juntamente com o presidente do CIPEM, Rafael Mason, na celebração dos 40 anos da Embrapa, realizada em Curitiba-PR há alguns dias. Eles reforçaram a importância da parceria entre a Embrapa e o CIPEM para ampliar e aprimorar as pesquisas na área florestal. “Essa aproximação dá muita credibilidade ao setor”, pontou.
O presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), Geraldo Bento, explicou sobre as ações do setor em Brasília, que tem se intensificado a cada dia. A principal delas trata sobre os padrões de nomenclatura e coeficientes de rendimento volumétricos, inclusive carvão vegetal e resíduos de serraria. “É preciso que a Resolução que trata do assunto seja atualizada e reflita mais a realidade do setor”, defendeu.
Os diretores também souberam mais detalhes sobre os encaminhamentos sugeridos na primeira edição Florestal Tech, realizada em Cuiabá, em 2017. O principal deles foi a sugestão aproximação com a comunidade acadêmica. Isso já está acontecendo, através de reuniões com as Universidades e Institutos Técnicos em Cuiabá. A proposta é inserir a madeira nativa e o manejo florestal sustentável na agenda de formação dos estudantes, propiciando o desenvolvimento de pesquisas na área. “Também teremos a oportunidade de qualificar melhor a informação sobre o setor de florestas nativas, seus diversos usos e oportunidades. Questões sobre as quais os alunos têm pouca familiaridade”, reforçou Mason.
A 2ª edição do Florestal Tech acontecerá em São Paulo, de 10 a 13 de julho, durante a Feira Internacional da Indústria de Móveis e Madeira – ForMóbile, na qual o CIPEM terá um estande de exposição de produtos.