Com o fim da greve dos caminhoneiros que durou 10 dias, as cargas que estavam bloqueadas começaram a chegar nos destinos finais. Parte dos produtos, entretanto, não vão para as bancas. Em Sinop, a 503 km de Cuiabá, um comerciante teve que descartar 30% da carga.
Um caminhão foi usado para jogar fora o que não pode ser levado para os supermercados.
“Perdemos em média 30%. É até bom, porque o que a gente esperava era que fosse perder tudo”. Contou o comerciante Edvaldo Petroli.
A carga de hortifrúti foi comprada em Curitiba e era esperada desde que a manifestação dos caminhoneiros começou na segunda-feira (21).
No município, a paralisação teve outros reflexos. Em uma farmácia, as entregas foram suspensas, não pela falta dos produtos e sim de combustível.
São nove motos paradas no estabelecimento. “Nossos funcionários estão aí rodando a cidade para saber onde tem posto com combustível”, afirmou o gerente Durval Siqueira.
E os donos dos postos não têm uma boa expectativa. Segundo eles, está difícil conseguir carga para repor o estoque.
“Não está fácil conseguir. Estou tentando fazer um pedido e a quantidade que encontramos é mínima diante da demanda que temos”, contou a dona de três postos Daniela Werner.