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Força Nacional deve escoltar fiscais do IBAMA após caminhonete ser incendiada em MT

Veículo foi queimado nesta terça-feira (7), dentro de vila na Reserva Extrativista Guariba Roosevelt, em Colniza.

Data: Quinta-feira, 09/11/2017 10:38
Fonte: G1/MT

A Força Nacional deve reforçar a segurança dos fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que participam de uma operação na Reserva Extrativista Guariba Roosevelt, em Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, após uma caminhonete do órgão ser incendiada na tarde desta terça-feira (7).

Segundo o superintendente substituto do Ibama em Mato Grosso, Augusto Castilho, as equipes estão atuando no local na fiscalização de exploração e comércio ilegal de madeira e desmatamento em terras indígenas e o ato teria ocorrido como uma forma de represália. De acordo com ele, a polícia já tem um suspeito de ter encomendado o crime.

"Já temos suspeita de quem foi o mandante do crime e as polícias Civil, Militar e Federal já foram informadas e vão tomar as providências necessárias. A Força Nacional, que estava em Juína, já está se deslocando até ao local também para fazer a segurança dos servidores", afirmou.

Nenhum fiscal do Ibama ficou ferido após o ataque à caminhonete do órgão, uma vez que o fato ocorreu quando a equipe estava no intervalo do almoço. O veículo havia sido enviada de Goiás para reforçar a operação na região.

"Recebemos informações de que madeiras retiradas de terra indígena têm sido comercializadas por meio de serrariasirregulares e até mesmo de planos de manejo irregulares", disse Castilho.

O Ibama não deve suspender a operação após o ataque. "A fiscalização irá continuar, mas faremos uma avaliação em relação aos níveis de segurança que serão necessários", explicou o superintendente.

Fiscalização na reserva

Há dois anos, a reserva foi alvo de uma grande operação contra o desmatamento ilegal, quando foram apreendidas 600 m³ de madeira– o equivalente a 200 toras, suficiente para carregar 40 caminhões - extraída ilegalmente. Na época, o município liderava o ranking do desmatamento, com 54,8 mil hectares de mata derrubados.