O Museu de História Natural do Araguaia (MuHNA), da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário do Araguaia (UFMT/CUA), depois de algumas mudanças na data de início das atividades será inaugurado hoje (5). Após a constatação de aumento da demanda de animais doados por conta de atropelamentos, em 2012, professores da instituição decidiram iniciar projeto com vistas ao aprendizado dos estudantes e comunidade.
Os docentes Márcia Pascotto e Luana dos Anjos Ramos foram os primeiros idealizadores do projeto, que em seguida obtiveram apoio dos professores Silvio Colturato de Ciências Biológicas e Ivairton Monteiro dos Santos de Ciências da Computação que desenvolveu três anos atividades no museu, e, atualmente com a estudante Maria do Socorro do curso de Ciências Biológicas, o “Projeto digital do Museu de História Natural do Araguaia (MuHNA)”.
A iniciativa da atividade acadêmica prevê auxiliar na produção de tecnologia, pesquisando sobre ferramentas para suporte da equipe do museu, além de desenvolver mecanismos para interação dos visitantes para que obtenha mais conhecimento sobre o material exposto.
Nos primeiros anos de criação do MuHNA, o professor Santos e os alunos de computação trabalharam desenvolvendo o site do museu, a modelagem tridimensional de animais, sistema de totens, tela que permite aos visitantes realizar pesquisa sobre os animais (figura abaixo). Próximo à inauguração, quase todos esses aparelhos digitais estão prontos.
Digitalização
Os totens serão colocados em três ambientes. No primeiro existe um roteiro de visita, que direcionará os visitantes visão inicial das atrações do MuHNA.
O totem central fica próximo à cabeça do Tiranossauro Rex, que compõe o conjunto de animais empalhados. Nele, o visitante tocará nas partes do corpo do animal e ali o sistema mostrará curiosidades sobre o dinossauro.
Os dois últimos totens ficam na saída (foto ao lado), onde estarão imagens 3D (visão tridimensional) dos animais com modelagem, sendo possível mover a tela e analisar de vários ângulos, inclusive a sua estrutura óssea.
Para suporte da visita, tablets serão divididos e disponibilizados no ambiente do museu. Um deles auxilia nas informações das seções de geologia e outro permitirá conhecimento sobre os animais marinhos, ressalta Ivairton. Os dois dispositivos eletrônicos restantes ficam na saída, ao lado dos totens.
Por conta disso, os tablets servem também para a interação dos visitantes, enquanto esperam para entrar na sala. Haverá dois jogos neles, o da memória, com fotografias de animais do cerrado, e outro, o visitante terá de conduzir um tamanduá atravessará a rua e precisará desviar dos carros longo à frente.
Além disso, existe um sistema avaliativo para que a equipe de coordenadores do museu analise a experiência dos visitantes, a partir de um questionário feito em outro dispositivo eletrônico.
Também há um painel interativo, que ainda está em construção, como revela Santos “O visitante poderá apertar o botão e o sistema irá reproduzir o som do animal escolhido”. Ele explica que a parte lógica (parte de programação) já está feita, mas o painel e a arte gráfica ainda estão sendo montados. “Provavelmente o painel estará pronto cerca de um mês após a abertura”, afirma.
Na sala de cinema ficará uma TV de 70 polegadas, com Home Theater e uma lousa digital, permitirá o professor que acompanha seus alunos interagir com a tecnologia disponível no ambiente, proporcionando aulas com projetação filmes, também palestras e minicursos.
Visitação
Após a inauguração do museu, as visitas ocorrerão as terças e quintas feiras, das 9h às 12h, das 13h30 ás 17h. Aos sábados o atendimento será das 10h às 16h.
Para mais informações sobre o local, agendamento de visitas e contatos acesse o site do museu: HTTP://araguaia.ufmt.br/muhna.
Por Letícia Leite/Agência Focaia