O piloto da aeronave carregada com cerca de 300 quilos de drogas, interceptada sábado, na região de Tangará da Serra, já havia sido condenado por envolvimento em tentativa de roubo de um avião, em maio 2015, que resultou na morte do policial federal Mário de Almeida Mattos, 33 anos. O juiz Murilo Mendes, da 1ª Vara Federal de Sinop, condenou o piloto, de 46 anos, a 2 anos e 1 mês de prisão, mas conseguiu liberdade após ser absolvido pelo crime de tentativa de roubo em maio de 2017.
Além dele, na ação integrada entre a Polícia Federal, Força Aérea Brasileira (FAB) e instituições de segurança do Estado, foi preso o co-piloto da aeronave que integra o Exército da Bolívia. Após detectar que o avião retornava da Bolívia, sem as devidas autorizações, a FAB deu o comando para que pousasse em Tangará da Serra. Classificado como suspeito, o avião foi comboiado para pouso por 2 aviões de ataque A-29 Super Tucanos da instituição. Porém, em determinado momento o piloto desobedeceu a ordem, fez uma manobra arriscada e pousou em uma área rural do município de Salto do Céu (a 371 km a Oeste).
Militares da FAB, policiais federais, civis, e militares e do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) se deslocaram até as coordenadas de pouso e fizeram o cerco. No local foi localizada a aeronave modelo PT-IDV, monitorada por um jato-radar E-99. Dentro havia cerca de 300 quilos de cocaína e 2 galões de combustível.
O piloto e o co-piloto não estavam mais no local, mas foram presos em flagrante. A droga, os suspeitos e a aeronave foram encaminhadas à Delegacia da Polícia Federal em Cáceres (225 km a oeste), onde foi lavrado o flagrante. A PF não informou quais serão os procedimentos adotados com relação ao suspeito Sandoval, já que é boliviano e faz parte de uma instituição de segurança do país. Na delegacia, ele informou que receberia US$ 5 mil pelo transporte da carga, que seria entregue em Chapada dos Guimarães (67 km ao norte).
Além do piloto 5 homens condenados pela tentativa de roubo de um avião Cessna, de prefixo PR-NFE, em um aeródromo, em 2015, em Sinop. Um dos envolvidos no crime e na morte do policial acabou morrendo em tiroteio com policiais federais, dias depois, em um bairro em Sinop.