Segundo o Departamento de Emergência do Irã, ao menos 93 pessoas morreram no país e mais de mil estão feridas, de acordo com a agência iraniana ISNA. O Vermelho Crescente, representante da Cruz Vermelha, diz que mais de 70 mil pessoas precisam de acomodações de emergência.
A TV estatal iraniana diz ainda que há seis mortos no Iraque, mas o governo iraquiano não se pronunciou até o momento. O governo da região autônoma do Curdistão informou que há vítimas mortais, mas sem detalhar seu número, e "mais de 500 feridos" na província de Suleimaniya.
Segundo o Serviço Geológico dos EUA (USGS), o epicentro foi registrado a 22.4 km da cidade iraquiana de Derbendîxan e a 32,6 km de Ḩalabjah, a uma profundidade de 23,2 quilômetros. A cidade iraniana mais próxima é Sarpol-e Z̄ahāb, a 52,4 km do epicentro.
O terremoto aconteceu às 21:18 locais (16h18 em Brasília) e há relatos de que reflexos chegaram a ser sentidos em diversos países da região, como Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Kuwait, Líbano, Israel e Turquia.
A Associated Press, citando a agência iraniana ILNA, diz que ao menos 14 províncias do país foram atingidas. Perfis de sites de notícias iranianos postaram fotos de pessoas nas ruas e de prédios em ruínas.
O ministro de Recursos Hídricos do Iraque, Saad al Janabi, informou que aconteceram deslizamentos de terra em uma montanha perto da represa de Darbandikhan como resultado do terremoto, mas que, devido à escuridão, ainda não se sabiam exatamente a magnitude dos danos.
Na manhã de segunda-feira (horário local), as autoridades ordenaram a evacuação urgente das áreas situadas sob a represa. O terremoto abriu fissuras que podem ser vistas na superfície da estrutura, afirmou o diretor da usina hidrelétrica, Rahman Khani, em um comunicado.
O Irã fica situado em uma região com diversas grandes falhas geológicas e é um dos países mais ativos do mundo sismicamente. Em 2003, um terremoto de magnitude 6,6 destruiu a cidade histórica de Bam, no sudeste do país, matando cerca de 26 mil pessoas.