A maioria das vítimas de trabalho infantil em Mato Grosso é menina, segundo o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MT). Ao todo, entre janeiro e julho do ano passado, quase 1,2 mil crianças foram vítimas no estado. Desse total, 684 são meninas e 585 meninos.
As informações constam em uma página especial criada pelo órgão para compartilhar as informações e histórias relacionados ao tema.
O maior número de ocorrências foi registrado em Cuiabá e Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá. Juntos os dois municípios somam 805 casos. Em seguida, Confresa, a 1.160 km da capital, registrou 59 ocorrências.
Para os especialistas, alguns mitos do imaginário popular são disseminados como se fossem verdades absolutas.
Entre eles, alegações como: “antes estar trabalhando do que roubando”, “trabalhei quando criança e não morri”, “melhor trabalhando do que estar na rua”.
De acordo com a coordenadora dos conselhos tutelares de Cuiabá, Vânia Araújo, as crianças iniciam o trabalho precoce incentivadas pela própria família que, por falta de informação ou condições financeiras, “não se dá conta do mal que está causando aos próprios filhos”.
De 2012 a 2017, mais de 15 mil ocorrências de acidente de trabalho envolvendo crianças foram registradas no Brasil.
Os tipos mais comuns são:
Segundo o TRT-MT, as estatísticas mostram que as chances das vítimas carregarem sequelas físicas pelo resto da visa são grandes. Dados do Ministério da Saúde apontam que as crianças se acidentam seis vezes mais do que os adultos quando estão em atividades laborais.