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Ex-gerente de cooperativa de açúcar e etanol suspeito de desviar R$ 23 milhões é preso em MT

Organização criminosa conseguia desviar dinheiro da cooperativa por meio de notas falsas de empresas de fachada. Prisão ocorreu na 2ª fase da operação.

Data: Terça-feira, 12/06/2018 10:50
Fonte: Por Denise Soares, G1 MT

O ex-gerente financeiro de uma cooperativa de açúcar e etanol – investigado por ser o líder de um desvio de R$ 23 milhões na empresa –,foi preso nesta terça-feira (12) pela Polícia Civil em Campo Novo do Parecis, a 397 km de Cuiabá. A prisão ocorreu na segunda fase da Operação Etanol.

De acordo com o delegado Adil Pinheiro de Paula, o ex-gerente financeiro da empresa teria comandado o esquema entre 2011 até junho de 2017. Uma organização criminosa conseguia desviar dinheiro da cooperativa por meio de notas falsas de empresas de fachada.

Nivaldo Francisco Rodrigues foi alvo da primeira fase da operação, em julho de 2017, e acabou preso nesta terça-feira na casa dele. Ele negou os crimes à Polícia Civil.

 

“Nós fizemos a segunda etapa da operação que apura os desvios na principal usina de Campo Novo do Parecis. Após um ano da primeira fase, Nivaldo movimentou R$ 1 milhão de forma irregular, mesmo tendo os bens bloqueados por ordem judicial”, explicou o delegado ao G1.

 

O ex-gerente era monitorado por tornozeleira eletrônica e teve R$ 22 milhões em bens bloqueados pela Justiça.

 

“Ele tentou enganar a Justiça e a polícia recebendo aluguéis de imóveis bloqueados e também passou a receber os aluguéis pela conta do filho dela. Vendeu 750 cabeças de gado de forma oculta”, comentou o delegado.

 

Nivaldo já foi denunciado pelo Ministério Público por 44 crimes de furto qualificado. O ex-gerente foi levado para a delegacia da Polícia Civil e deve ser encaminhado para audiência de custódia no fórum durante a tarde. Depois, deve ser transferido para a cadeia da cidade.

 

“Temos fortes indícios da participação de outros empresários, de Mato Grosso, Goiás e São Paulo, que mexiam nesse esquema de desvios com notas falsas fornecidas por empresas de fachada”, finalizou o delegado.

 

Os envolvidos devem responder por lavagem de dinheiro, organização criminosa e desvio de dinheiro da cooperativa.