A Justiça condenou o serial killer Cláudio de Souza, conhecido como “Maníaco da lanterna”, a mais de 62 anos de prisão pelos assassinatos de Geyle Cristina da Silva Vieira, em 2004, e de Maria Célia da Silva Santos, em 2005, em Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá.
Ele foi julgado pela morte de Maria Célia na terça-feira (12) e, pelo crime, foi condenado à 30 anos de prisão, em regime fechado, por homicídio duplamente qualificado.
Já o júri pela morte de Geyle Cristina foi realizado no dia 25 de maio. O Tribunal do Júri o condenou à pena de 32 anos e 6 meses de reclusão, em regime fechado, por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Os crimes eram cometidos no mesmo 'modus operandi'. Ele usava uma lanterna e uma espingada para abordar casais de namorados. Em alguns casos, a mulher ainda foi vítima de estupro.
Na decisão diz que a conduta do réu é desequilibrada, "voltada para a prática criminosa e violenta com crime de sangue, pois praticou nove crimes de homicídio com condenação e há mais tantos outros que serão julgados em breve".
"Os motivos do crime são vis, pois o delito deu-se de forma pérfida e calculista, pois, após obrigar a vítima a acompanhá-lo até o local do crime, executou a vítima, irado e imbuído do sentimento de vingança ceifou a vida de uma jovem com 15 anos à época dos fatos”, diz a decisão sobre o assassinato de Geyle Cristina.
Para a promotora de Justiça que atuou no caso, Carina Sfredo Dalmolin, “trata-se de um criminoso em série, que não costuma parar até que seja capturado ou morto, que aprende com a experiência e costuma se tornar cada vez melhor no que faz, aperfeiçoando constantemente o seu cenário a cada crime cometido”.
Na sentença, o juiz afirma que ele é um “criminoso contumaz, que disseminou o terror, o medo, o ódio, o pavor em seus habitantes até que fosse preso, e, após fuga, continuou a cometar tantos outros delitos.