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Ex-PM acusado de morte de irmãos agricultores em MT é condenado a 24 anos

As vítimas foram assassinadas em uma disputa de terra em 1999 e 2000, respectivamente. O ex-capitão Marcos Divino foi absolvido por insuficiência de provas.

Data: Sexta-feira, 15/06/2018 14:01
Fonte: G1 MT

O ex-policial militar Célio Alves de Souza foi condenado na madrugada desta sexta-feira (15) a 24 anos e oito meses de prisão pela morte de dois irmãos agricultores em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá.

Célio era acusado de participar da morte dos irmãos Brandão Araújo Filho e José Carlos Machado Araújo. Ele confessou a participação nos assassinatos. As vítimas foram assassinadas em uma disputa de terra em 1999 e 2000, respectivamente.

O júri começou na manhã de quinta-feira (14) e durou mais de 18 horas, no fórum de Rondonópolis. Os jurados decidiram pela condenação de Célio Alves de Souza e pela absolvição do ex-capitão da PM, Marcos Divino Teixeira da Silva. Ele foi absolvido por insuficiência de provas.

A sentença foi lida pelo juiz Wagner Plaza Machado Júnior às 2h45 da madrugada desta sexta-feira.

 

Os crimes

 

O primeiro crime aconteceu no dia 10 de agosto de 1999, onde Brandão foi surpreendido pelo pistoleiro Hércules Araújo Agostinho, conhecido como Cabo Hércules, e executado a tiros de pistola em pleno centro de Rondonópolis.

O segundo crime foi em 28 de dezembro de 2000, onde José Carlos foi executado, também a tiros de pistola 9 mm, no estacionamento de uma agência bancária, no centro de Rondonópolis. Em ambos os casos Célio Alves ajudou o pistoleiro Hércules Agostinho.

De acordo com as provas produzidas nos autos, os assassinatos dos Irmãos Araújo foram motivados pela disputa judicial de uma fazenda de 2.175 hectares, localizada na região conhecida como Mineirinho, que fica a 70 km quilômetros de Rondonópolis, em direção a Campo Grande (MS), objeto de negócio mal sucedido entre José Carlos e Sérgio Marchett, realizado em 1988, cuja demanda até hoje se arrasta na Justiça.

Célio Alves, que está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, por outros crimes, teria dado suporte a Hércules Araújo Agostinho, o executor dos irmãos.

Hércules foi julgado, condenado pelas mortes e está preso.