A sindicância instaurada pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM/MT) para apurar a morte da esteticista Edléia Daniele Ferreira Lira, após uma cirurgia plástica no Hospital Militar, em Cuiabá ainda está em fase de coleta de documentos. A presidente do CRM, Dra. Maria de Fátima de Carvalho, explicou ao Olhar Direto que somente após a coleta poderá emitir um parecer inicial.
“A gente vai coletando os documentos e nesta coleta a gente acaba tendo a necessidade de coletar mais documentos. Então, estamos na fase de solicitação de documentos para ter base e elementos para emitir um parecer inicial”, contou.
Fátima explicou que as sindicâncias são procedimentos demorados e que exigem várias etapas. Além disso, é necessário garantir direito de defesa de ambas as partes e também total sigilo.
“A gente precisa até saber qual a equipe envolvida. Pode também acontecer à necessidade do processo ético profissional, onde tem testemunhas e ouvem as partes envolvidas. Então este processo acaba envolvendo toda uma documentação maior ouvindo as pessoas, e ele vai terminar no julgamento”, contou.
Edléia faleceu no dia 11 de maio, após ser submetida a uma cirurgia de lipoaspiração grande e mamoplastia redutora. Horas antes ela havia feito uma postagem no Facebook dizendo que iria operar pelo Programa Plástica para Todos.
O Programa Plástica para Todos é recente em Cuiabá e sua divulgação acontece em um grupo fechado do Facebook, com mais de 7 mil mulheres. O nome dos médicos da equipe, que realizaram o procedimento, ainda não foram divulgados.
O caso
A cuiabana Edléia Daniele Ferreira Lira, de 33 anos, Daniele Bueno nas redes sociais, faleceu neste domingo (13) após ser submetida a um procedimento de cirurgia plástica no Hospital Militar em Cuiabá. Ela foi encaminhada ao Hospital Sotrauma após passar mal e não resistiu. Ela era casada e tinha uma filha pequena.
Na última sexta-feira (11), Daniele havia feito uma postagem em um grupo de mamoplastia no Facebook dizendo que iria operar pelo Programa Plástica para Todos.
O Programa Plástica para Todos é recente em Cuiabá e sua divulgação acontece em um grupo fechado do Facebook, com mais de 7 mil mulheres. O nome dos médicos da equipe do programa, que realizaram o procedimento, ainda não foram divulgados.
Outro lado
O diretor do Hospital Militar de Cuiabá, coronel Kleber Duarte, afirmou que o procedimento correu normalmente e Edléia Daniele Ferreira Lira saiu lúcida da cirurgia. Ela teria passado mal já quando chegou ao apartamento. O laudo da perícia ainda deve apontar a causa da morte.
O Programa Plástica para Todos só irá se manifestar após a conclusão do laudo da perícia.