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Mulher relata 'horror' ao ver o filho ser morto na casa da família, em Goiânia: 'Gritou mãe duas vezes'

Segundo a mãe, cabeleireiro Caio Acácio reagiu a assalto. Ao ser preso, autor alegou que cometeu crime porque era ameaçado pela vítima.

Data: Terça-feira, 26/06/2018 15:03
Fonte: G1 MT

Mãe do cabeleireiro Caio Magno Santos Acácio, de 24 anos, a gerente de vendas Ana Aparecida dos Santos, de 53 anos, conta que viu quando o jovem foi assassinado na área da casa da família, em Goiânia. Desolada, ela afirma que o filho reagiu a um assalto. Um idoso confessou o crime à Polícia Civil e está preso.

 

“Assisti ao assassinato do meu filho, se eu não tivesse caído no degrau da área, ele tinha matado duas pessoas, vi tudo. Ele atirou para matar. Meu filho gritou mãe duas vezes, eu gritei minha mãe. Ela correu e meu filho morreu nos braços dela”, disse ao G1 a mãe de Caio.

 

crime ocorreu por volta das 3h de sábado (23), na casa da família, no Setor Jardim Europa. Ana morava com Caio e o filho mais velho, de 32 anos, que não estava no imóvel no momento do assassinato. A avó da vítima, de 78 anos, mora em uma casa construída no fundo do lote.

De acordo com Ana, o filho a acordou para avisar que tinha uma pessoa no imóvel.

 

“Eu estava dormindo, o Caio me chamou: ‘Mãe, tem um homem dentro da garagem, fica caladinha´. Quando fui acender a luz, vi o Caio abrindo a porta, no que cheguei perto, ele já estava atracado com o homem”, relata a gerente de vendas.

 

Ana conta que pediu socorro, e a mãe dela foi ao encontro dela e do neto. A gerente de vendas afirma que, assim que se levantou, correu para a rua e viu o criminoso fugindo.

“Só não vi a fisionomia direito porque a área estava escura. Saí logo atrás e vi a estatura, o jeito, ele fugindo em um carro, que era um gol, porque estava mais claro”, contou Ana.

Prisão em hospital

 

O autor do crime também acabou baleado durante a luta corporal. Por isto, os policiais o procuraram em unidades de saúde da capital.

Horas depois do homicídio, os investigadores detiveram José de Oliveira Pires, no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Baleado no braço, ele confessou o assassinato à Polícia Civil e alegou ameaças.

"As características dele batem com a descrição e o carro é o mesmo. Ele disse que estava sendo ameaçado pela vítima, mas não soube explicar nem de onde se conheciam ou há quanto tempo. Parentes e amigos da vítima também não sabem quem ele é, então a motivação ainda precisa ser apurada”, disse a delegada Myrian Vidal, responsável pela investigação.

Pires segue internado nesta segunda-feira (25), na enfermaria do Hugo. Segundo o último boletim médico, o paciente respira de forma espontânea e está consciente.

Investigação

 

Testemunhas disseram à delegada que não conhecem o autor e negam que a vítima era ameaçada ou ameaçava alguém.

"Parentes da vítima e o melhor amigo dele disseram que ele estava normal, trabalhando normalmente, não tinha nenhuma atitude que demonstrasse algum problema. Reforçaram que ele não usava drogas, tinha uma vida regrada, era um jovem normal", relatou Myrian.

A mãe da vítima reforça que a intenção do autor era roubar a moto de Caio. "O Caio tinha sangue na veia, comprei a moto para ele porque antes, quando andava de ônibus, ele chegava em casa dizendo que tinha posto 'bandidinho' de celular no chão. Eu falava que ele não podia reagir, mas ele não aceitava perder as coisas que tinha lutado para conquistar", explica Ana.

O idoso deve passar por um novo interrogatório nesta semana. O G1 não localizou a defesa de José Pires até a publicação desta reportagem.