A Polícia investiga suspeita de abuso sexual de menina de 1 ano e 3 meses, que foi submetida a cirurgia depois de ter a genitália dilacerada. Caso foi denunciado pela mãe da criança, mas foi descoberto no dia anterior.
Segundo a mãe da vítima, ao chegar com a criança em casa e tentar trocá-la, percebeu o sangramento na fralda. A criança chorava demonstrando dor e cobria o órgão genital com as mãos, não querendo que a mãe a tocasse.
Como o sangramento persistia, a mulher procurou atendimento médico na Policlínica do Pedra 90. Em seguida, foi encaminhada para a Policlínica do Coxipó e transferida para o Hospital Universitário Júlio Müller, onde a filha foi submetida a uma cirurgia para sutura na região.
Somente ontem a mulher procurou a Polícia Civil para denunciar a suspeita de abuso sexual da filha, que passou a ser investigada pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança (Deddica).
Na ocorrência a mãe diz que trabalha à noite e a criança dorme com o pai e durante parte do dia fica na casa de uma madrinha. Tanto que costuma buscar a filha por volta das 15h mas, por causa do jogo da seleção brasileira, pegou a menina mais cedo, por volta das 12h30.
Ao chegar em casa foi trocar a criança e percebeu o sangramento. Disse que questionou o fato com a cuidadora que alegou tratar-se de ferimentos decorrentes de alergia à fralda descartável. A mãe informou ainda que na casa onde a criança fica existe grande movimentação de pessoas.
Antes mesmo de receber a ocorrência oficialmente, a Deddica passou a fazer a investigação. Segundo o chefe de operações Darimar Aguiar, ontem mesmo uma equipe de policiais foi até o endereço e qualificou todas as pessoas que residem e frequentam a casa. Ao todo são 5 homens, incluindo o pai, que serão intimados a prestar declarações.
A delegacia aguardava informações preliminares dos exames feitos por médicos peritos do Instituto de Medicina Legal (IML), para confirmar a natureza dos ferimentos e como foram provocados.
O policial questionou a mãe pelo fato de tão logo teve a suspeita de abuso não ter acionado a Polícia Militar. Ela alegou que ficou assustada e com medo e preferiu procurar atendimento médico primeiro.