O homem, de 30 anos, acusado de executar Alex Farias de Oliveira, 18 anos, Fernando Magalhães dos Santos, de 22 anos e Valdenir Araújo Prado, de 20 anos, com tiros na cabeça, foi preso, ontem, por investigadores em Pontes e Lacerda (448 km de Cuiabá). De acordo com a assessoria da Policia Civil, as mortes teriam sido motivadas por dívida.
Ainda segundo a polícia, o acusado saiu recentemente da cadeia, onde estava detido pela atuação com tráfico de drogas no município. A esposa dele também era investigada por envolvimento com a venda de entorpecentes.
Segundo o delegado, Carlos Augusto do Prado Bock, que coordenou as investigações iniciais, tem grande possibilidade de envolvimento de outras pessoas no crime.
As investigações iniciaram no início da manhã, quando a equipe da Polícia Civil foi informada sobre três corpos encontrados na estrada às margens da BR-174, em uma chácara a cerca de 10 quilômetros do centro da cidade. No local, foi verificado que as vítimas foram rendidas e executadas com disparos de arma de fogo na cabeça, efetuados pelas costas. Em análise da residência, foi verificado que as vítimas foram obrigadas a sair da casa, pois os sapatos e camisetas ficaram no imóvel.
“Ainda não ficou claro que veículo conduziu as vítimas até o local da execução e quantas pessoas participaram do crime”, disse o delegado.
Após identificação dos corpos, os policiais ouviram testemunhas que relataram que as vítimas moravam na mesma casa e na quinta-feira à noite, o acusado, em posse de uma arma de fogo, foi ao local para cobrar uma dívida.
Com base nas informações, os policiais saíram em busca do suspeito. Na casa dele foram encontradas 11 porções pequenas de pasta base de cocaína, duas porções grandes de maconha.
O homem foi conduzido à delegacia, onde foi interrogado e lavrado o flagrante. Além da autuação pelo homicídio qualificado, responderá por tráfico de drogas e associação para tráfico junto a sua esposa que também foi conduzida. As investigações estão em andamento para identificar os demais envolvidos no crime.
No final da tarde, o delegado acrescentou que a perícia da Politec informou que os corpos, provavelmente, estavam deitados com as mão atrás da cabeça e os dedos cruzados, quando os disparos foram efetuados.