A bebê Maria Helena Rodrigues Coutinho, que nasceu com espinha bífida e passou por duas cirurgias no mês de junho, já recebeu alta hospitalar e se recupera na casa da família, em Juína, a 737 km de Cuiabá.
A bebê conseguiu vaga em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Sorriso, a 420 km da capital, e passou pelas cirurgias após a Justiça determinar ao governo do estado para que providenciasse o tratamento dela, uma vez que a paciente corria risco de morte.
Ao G1, o pai da bebê, Claudemir Alves Coutinho, contou que a filha recebeu alta hospitalar na terça-feira (26), mesma data em que completou um mês de vida.
"A luta ainda não acabou, mas vencemos o primeiro obstáculo e finalmente trouxemos a Maria Helena para casa", disse.
De acordo com a família, a bebê está se recuperando bem e, agora, deve dar continuidade ao tratamento com acompanhamento de um neurocirurgião e um fisioterapeuta.
A primeira cirurgia de Maria Helena foi realizada no dia 12 de junhopara corrigir a malformação congênita, que consistia na falha no desenvolvimento da coluna vertebral e uma formação incompleta da medula espinhal e das estruturas que a protegem.
No dia seguinte, ela voltou para a mesa de cirurgia, dessa vez para colocar um dispositivo responsável pela drenagem do excesso de líquido no cérebro, diminuindo, assim, a pressão intracranina.
Maria Helena nasceu de cesárea no dia 26 de maio, em um hospital particular de Juína, a 737 km de Cuiabá. Assim que nasceu, foi diagnosticada com espinha bífida, mas encaminhada para casa.
No dia 3 de junho, ela começou a passar mal e os pais a levaram para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde ela foi medicada e encaminhada para casa.
Ao perceber que o quadro de saúde da filha não melhorava, os pais voltaram a procurar assistência médica e Maria Helena foi internada no Hospital Municipal de Juína, onde foi mantida em uma incubadora, por falta de vagas em hospitais do estado.
No dia 7 de junho, a Justiça determinou à Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) para que providenciar um leito de UTI neonatal para a bebê, bem como o tratamento necessário para a paciente. A decisão foi cumprida três dias depois.