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Novembro azul: câncer de próstata atinge 4% dos cães com mais de 7 anos

Data: Quinta-feira, 16/11/2017 15:47
Fonte: G1

O câncer de próstata é silencioso em seu estado inicial. Por conta disso, assombra os homens. Mas o que muita gente não sabe é que a doença também atinge os animais de estimação. De acordo com o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-SP), aproximadamente 4% dos cães acima dos 7 anos desenvolvem a doença.

Este tipo de câncer se caracteriza pelo desenvolvimento de um tumor na glândula do sistema reprodutor masculino, que fica atrás da bexiga. Sua evolução lenta e silenciosa dificulta o diagnóstico. Por isso, exames são necessários para a descoberta da doença. "A identificação é feita através de exame físico com o toque retal, pois a próstata apresenta-se aumentada nestes casos. Além disso, exames de ultrassom são necessários para a confirmação do diagnóstico", explica a médica veterinária Carla Storino Bernardes.

Assim como nos humanos, o aumento da próstata nos animais está relacionado à testosterona produzida pelos testículos. "O tratamento mais comum é a castração do animal, já que o distúrbio está ligado à produção de testosterona. A recuperação é favorável em 70% dos casos no período de até 90 dias após o procedimento. Em alguns quadros, é recomendada a retirada cirúrgica da próstata, o que não causa nenhum dano à saúde do cão", observa Bernardes.

 

Sintomas e prevenção

 

Alguns sintomas podem estar relacionados à presença da doença, como aumento na frequência do xixi, gotejamento constante, sangue ou pus na urina. "Outros sinais que também indicam o câncer são dificuldade para defecar, fezes em forma de fita e dores abdominais nos casos mais severos", alerta Carla.

Os sintomas relacionados ao câncer de próstata só aparecem no estado avançado da doença. Por isso, a melhor forma de prevenção, no caso dos animais, é a castração. "É o mais aconselhável para diminuir os riscos do câncer de próstata. Porém, caso os pets não tenham passado pelo procedimento, a prevenção deve ser realizada através de consultas frequentes ao médico veterinário", recomenda a especialista.