Pacientes com linfangioma - malformação congênita rara do sistema linfático - e que moram em Cuiabá enfrentam dificuldades após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspender, em outubro de 2017, a importação de medicamentos à base de sulfato de bleomicina, usados no tratamento da doença.
Na tentativa de conseguir a liberação, famílias de pacientes lançaram nas redes sociais a campanha "#LiberaAnvisa", que já mobiliza mais de 200 pacientes na tentativa de sensibilizar as autoridades competentes e conseguir a liberação das substâncias barradas pela Anvisa.
Por meio de nota, a Anvisa informou que a importação dos medicamentos foi suspensa após serem encontradas irregularidades em uma fábrica no México. Conforme a agência, em caso de indisponibilidade no mercado nacional, as unidades de saúde podem solicitar à Anvisa autorização em caráter excepcional para importar medicamentos não regularizados no país.
Maria Fernanda, de apenas 6 anos de idade, é uma das pacientes que teve o tratamento afetado após a Bleomicina ser suspensa pela Anvisa.
Segundo a mãe dela, Carla Rafaela Teixeira, a filha teve a malformação nos vasos sanguíneos diagnosticada aos seis meses de vida e, desde então, trata a doença, que resulta em cistos e tumores benignos.
“Hoje em dia, a Maria ainda tem a malformação, mas leva uma vida normal. A Bleomicina foi primordial para a cura da minha filha, pois ajuda na diminuição dos cistos. Sem esse medicamento, nada disso seria possível”, disse.