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Sete chacinas no Ceará deixaram 48 mortos em 2018; relembre casos

Data: Terça-feira, 17/07/2018 09:10
Fonte: G1 CE

Nos primeiros setes meses do ano, o Ceará acumula sete chacinas com 48 mortos ao total. No primeiro semestre de 2018, o estado já registrou 2.380 assassinatos, número 3,5% maior que no mesmo período do ano passado.

Em uma delas, a maior chacina da história do Ceará, 14 pessoas foram mortas. Um bando armado invadiu o clube "Forró do Gago", onde supostamente estavam presentes membros de uma facção rival, e atirou contra várias pessoas.

As chacinas deste ano já mataram mais pessoas do que todos casos do mesmo tipo em 2017. Nos 12 meses do ano passado, houve oito chacinas e 46 mortes.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirma que reforçou a parceria com pesquisadores e a Polícia Rodoviária Federal para aprimorar o serviço de Inteligência e prevenir esse tipo de crime.

O serviço de Inteligência permite "que as polícias tenham dados de maior qualidade para serem empregados pelas inteligências policiais, acessíveis em tempo real por meio das melhorias do aparelhamento do big data da segurança pública, uma iniciativa pioneira do Ceará nessa área, e assim potencializar o trabalho de predição da prática de crimes mais graves", afirma a secretaria.

 

Relembre os casos

 

No início do ano, em 7 de janeiro, quatro pessoas foram assassinadas enquanto dormiam, em Maranguape.

No dia 27 do mesmo mês, criminosos invadiram a casa de show Forró do Gago, no Bairro Cajazeiras, e mataram 14 pessoas a tiros. A maior chacina já registrada no Ceará foi motivada por brigas entre facções rivais. O caso teve repercussão internacional.

 

"Forró do Gago", no Bairro Cajazeiras, em Fortaleza, foi palco da maior chacina do estado (Foto: Cinthia Freitas/G1CE)

Dois dias depois, em 29 de janeiro, um conflito dentro da cadeia pública de Itapajé, a 125 km de Fortaleza, deixou 10 internos mortos.

Em março, sete pessoas foram assassinadas em ataques simultâneos no Bairro Benfica. Um deles ocorreu na Praça da Gentilândia, local que costuma ser frequentado por universitários, e estava lotado no momento do ataque.

Nos dois últimos meses ocorreram chacinas nos municípios de Quixeramobim, Palmácia e Quiterianópolis.

Em Quixeramobim, quatro pessoas morreram após homens encapuzados chegarem atirando em uma comunidade. Segundo a polícia, o crime pode estar relacionado com tráfico de drogas.

Em Palmácia, no último dia 13 de julho, cinco pessoas foram encontradas mortas em um matagal, com as mãos atadas nas costas e marcas de tiro na cabeça.

Um dia depois, quatro pessoas da mesma família – mãe, dois irmãos gêmeos e um tio dos jovens – foram mortas em um sítio da zona rural de Quiterianópolis.