A possível chapa entre a juíza aposentada Selma Arruda (PSL) e o governador Pedro Taques (PSDB) corre o risco de não ser concretizada por conta de uma restrição da Executiva Nacional do partido da pré-candidata ao Senado com nove legendas, incluindo o PSDB tanto nas eleições majoritárias, quanto nas proporcionais em todos os estados. O veto abre caminho para Adilton Sachetti (PRB) ocupar uma vaga ao senado pela chapa. Até o momento, Sachetti era cotado para vice de Taques e os diálogos já estavam bastante avançados.
De acordo com o comunicado assinado pelo presidente da Comissão Executiva Nacional do PSL, Gustavo Bebianno Rocha, no dia 3 de julho, está vedada a coligação com as seguintes agremiações partidárias: PDT, PT, PCdoB, PSTU, PCB, PCO, PSOL, REDE e o PSDB, de Pedro Taques.
O comunicado ainda deixa claro que caso os partidos nos estados contrariem a orientação, as deliberações das convenções poderão ser anuladas pela Comissão Nacional.
Aparentando estarem alheios a recomendação, o deputado federal e presidente do PSL em Mato Grosso, Victório Galli e a própria juíza aposentada vem conversando bastante com o governador Pedro Taques e outros membros do PSDB com o objetivo fecharem uma aliança.
Caso o PSL siga a orientação nacional, o PSDB deve formar uma chapa com o deputado federal Adilton Sachetti (PRB) como segundo candidato ao Senado, ao lado de Nilson Leitão.
O pré-candidato à presidência da República pelo PSL, deputado federal Jair Bolsonaro, desde o início do ano articula para ter o senador Magno Malta (PR-ES) como vice, porém os partidos não chegaram a um acordo e dificilmente vão estar no mesmo palanque na eleição de outubro, conforme o presidente Gustavo Bebianno disse em entrevista à edição eletrônica do jornal carioca O Globo.
Se o partido também decidir vetar uma aliança com o PR, nas eleições estaduais, a juíza aposentada também não poderá entrar na chapa do senador Wellington Fagundes.
Sachetti ao Senado
A reportagem entrou em contato com Sachetti, que disse ainda não ter não fechado nada ainda com o PSDB e que o martelo pode ser batido em uma próxima reunião com Pedro Taques, que será realizada no final de semana.