Vítima de um acidente de trânsito há 10 meses, a cozinheira Geovania Flores precisa de remédios para dar continuidade ao tratamento, mas não consegue comprá-los por estar desempregada. O acidente ocorreu em 2017 no Bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.
A mulher, que passou por 14 cirurgias durante os 6 meses que passou internada no hospital, precisa de nove caixas de remédios diversos por mês, que juntos somam mais de R$ 1 mil, dinheiro que a família não têm.
Geovania conta que, antes do acidente, trabalhava como cozinheira e preparava o buffet de grandes eventos nos finais de semana. Há dois meses ela retornou para casa, mas, com a mobilidade reduzida, lamenta não conseguir retomar o trabalho.
"Eu era muito independente e hoje estou na cadeira de rodas, isso é o que me doí mais. Amava ver as pessoas comendo aquela comida bonita, e hoje eu não posso trabalhar", disse.
Geovania não recebe o seguro DPVAT (Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) nem o auxílio-doença ao qual teria direito porque não conseguiu passar pela perícia do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Ela marcou um agendamento da visita a domicílio para o próximo mês, já que o transporte da paciente, feito apenas com ambulância ou carro especial, também não cabe no orçamento da família.
No dia do acidente, Geovania conta que de preparava para um evento e pegou carona de moto com uma colega para ir trabalhar. No entanto, a corrente da moto arrebentou antes de chegarem ao destino e a condutora perdeu o controle do veículo.
"A moto caiu em cima de mim. Minha colega tirou a moto e, antes de conseguir me ajudar a levantar, um ônibus passou por cima das minhas duas pernas", relatou.
A empresa responsável pelo ônibus envolvido no acidente deu uma cadeira de rodas e uma ajuda de custo durante três meses depois do acidente. Mas, segundo Geovania, a empresa não estaria mais respondendo às tentativas de contato dos familiares.