O jovem Pedro Lucas Ledur de Souza, 19, foi encontrado morto pela irmã tenente BM Izadora Ledur de Souza Dechamps, por volta das 03h30min desta terça-feira (31), no condomínio de luxo Florais Cuiabá, na capital.
Segundo os relatos, o jovem estava desaparecido desde a tarde de segunda-feira (30) quando saiu de casa. A tenente Ledur, juntamente com o seus pais foram até a administração do condomínio em busca de informações sobre o garoto, e foram informados que o mesmo não havia deixado o residencial
Izadora e seu pai o coronel PM-RR Pedro Sidney Figueiredo saíram em busca do jovem e a tenente acabou encontrando o irmão pendurado em uma árvore sem os sinais vitais. O jovem usou a própria camisa para tirar a vida. A Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) foi até ao local, e realizou os procedimentos necessários para encaminhar o corpo do vítima ao Instituto Médico Legal (IML).
A Polícia Civil por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) investiga o caso, e recebeu a informação da família da vítima que o jovem sofria de depressão.
O CVV (Centro de Valorização da Vida) realiza apoio emocional e prevenção ao suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, email, chat e Skype 24 horas todos os dias.
Você pode conversar com um voluntário do CVV ligando 188 ou, em Cuiabá, você também tem a opção pelo telefone (65) 3321-4111 os dois canais funcionam 24 horas.
Toda a forma de contato com o CVV é feita via atendimento por um voluntário, com respeito e anonimato, não aconselhamento nem julgamento e que guardará estrito e sigilo sobre tudo que for dito.
Izadora configura como ré, suspeita de participar ativamente na morte de Rodrigo Claro que frequentava o 16º Curso de Formação de Soldados do Corpo de Bombeiros.
De acordo com a audiência realizada no dia 26 de janeiro que Ledur não compareceu, companheiros que participaram do curso com Rodrigo Claro, relataram as atrocidades praticadas pela oficial com o aluno no dia 10 de novembro de 2016, quando Claro passou mal e foi hospitalizado, vindo a morrer cinco dias depois.
Um dos depoentes relatou um verdadeiro cenário de filme de terror à Justiça. Questionado sobre o que aconteceu durante essa volta, a testemunha disse que a tenente Ledur passou a dar caldos em Rodrigo. Ele pedia insistentemente para a tenente parar os caldos, porém ela continuava. Para não deixar Rodrigo morrer afogado, Maiuson mergulhava e subia novamente empurrando Rodrigo com a tenente em cima dele, para que a vítima pudesse respirar.
Outros três formandos do 16º curso de formação de soldado prestaram depoimentos e também reforçaram o perfil psicológico de praticar tortura da tenente Izadora Ledur.