Um grupo de moradores do bairro Novo Colorado em Cuiabá-MT se revoltou com a morte de Flávio Castro de Lima, 31, conhecido pelo apelido de “Sapinho” durante uma troca de tiros com policiais militares e passou a atacar os militares e a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que foi atender a ocorrência na noite de quarta-feira (01). O Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) precisou usar granadas de efeito moral para controlar a situação.
Segundo o boletim de ocorrências, a equipe de Rotam foi acionada para dar apoio no local onde o criminoso foi morto. Ao chegar ao endereço solicitado, o pelotão de Controle de Distúrbios Civis (CDC) encontrou os moradores exaltados e que chegaram a romper a fita zebrada que a PM utilizou para isolar o local para o trabalho da perícia técnica.
O grupo de moradores passou a atacar os policiais com pedras e fogos de artifício. A viatura do Samu ficou danificada com a ação dos vândalos que atiraram pedra na unidade móvel de resgate. Os policiais utilizaram a técnica de controle de distúrbios e utilizaram de granadas de efeito moral, granadas lacrimogênias e disparos de elastômero, com isso a multidão recuou da ação.
Um homem que não teve a identidade revelada foi encaminhado a Central de Flagrantes por disparar um rojão contra os policiais. Após o controle da situação a equipe da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) conseguiu realizar o trabalho e a Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) iniciar os trabalhos do inquérito policial.
Sapinho já estava no mundo do crime há mais de 10 anos e era uma figura conhecida pela polícia por diversas passagens criminosas, além de ser respeitado pelos moradores do bairro Novo Colorado.
Além de crimes de homicídio, Sapinho praticava o tráfico e participava de diversos roubos e furtos na região. Em certa ocasião no ano de 2007 quando foi preso por tráfico, dezena de moradores foram a delegacia exigir a soltura de Sapinho.
Na ocasião, os moradores alegaram que o criminoso era quem dava a “segurança” no bairro, já que a polícia era ausente na área. O bandido no bairro praticava o modus operandi de traficantes que dominam favelas nos morros cariocas.
Sapinho foi morto em uma troca de tiros quando tentou matar policiais militares que foram abordá-lo em uma residência no referido bairro.
A PM quando chegou ao imóvel foi recebida a tiros por Flávio e no embate, Sapinho acabou falecendo. Na cena do crime, a perícia encontrou o revólver calibre 32 que era utilizado por Flávio e em seu bolso sete munições de pistola calibre 9 milímetros.
No imóvel ainda foram encontradas porções de maconha, pasta base e uma balança de precisão.