Os casos de feminicídio em 2017 aumentaram 55,1% em Mato Grosso em comparação com os crimes registrados em 2016, segundo o 12º Anuário Brasileiro de Segurança. Os números foram compilados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e divulgados nesta quinta-feira (9).
O anuário usa dados das polícias de todos os estados do país e é utilizado como dado oficial, já que o governo federal ainda não tem uma base de informações nacional.
Ao todo, o estado registrou 76 casos de feminicídio em 2017. No ano anterior, 49 crimes tipificados como feminicídio.
Os números do estudo apontam Mato Grosso como o quarto do país com maior número de crimes de feminicídio.
O estado fica atrás apenas de Minas Gerais (145), São Paulo (108), Rio Grande do Sul (83) e empata com o Pernambuco (76). No Brasil, 1.133 mulhers foram vítimas de feminicídio.
A estudante de direito Dineia Batista Rosa, de 35 anos, faz parte da estatística. Ela foi assassinada pelo ex-namorado, depois de descobrir que ele já havia matado a primeira mulher.
Wellington Fabrício de Amorim Couto, de 34 anos, não aceitava o término, segundo Izaura Ribeiro, amiga da vítima.
Ele foi preso no dia do crime e confessou ter estrangulado a vítima. Dineia havia ingressado com um pedido de medida protetiva para que ele não se aproximasse dela.
O feminicídio é um crime de gênero cometido contra mulheres, quando há violência doméstica e familiar, e menosprezo ou discriminação à condição da mulher. A lei foi incluída no Código Penal como uma modalidade de homicídio qualificado e entrou em vigor no dia 9 de março de 2015.