Um jovem que era investigado por compartilhar fotos usando uniforme semelhante à Polícia Civil foi ouvido nessa quarta-feira (8) na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Cuiabá.
De acordo com a Polícia Civil, Airton Alex Nunes, de 26 anos, conhecido como Alex Bafo, confessou que usava o uniforme e a arma para atrair mulheres que conhecia pelo WhatsApp.
O advogado de Alex, Rafael Panzarini, acompanhou o jovem durante o depoimento.
“Ele tem um sonho de se tornar policial e se matriculou em um cursinho. No começo do ano ele comprou as roupas, o distintivo e mandou fotos para algumas meninas”, comentou o advogado ao G1.
A polícia teve acesso e divulgou fotos em que Alex aparece usando camisetas, coletes e até o distintivo da Polícia Civil de Mato Grosso. Em outras imagens, o jovem aparece segurando uma espingarda e uma arma.
Em depoimento ao delegado Diego Martiniano, na Derf, Alex contou que comprou todo o material – uma camiseta, um colete e um distintivo – por um site de compras e vendas.
Antes disso ele se matriculou em um curso voltado para concursos na área policial. O suspeito afirmou ainda que nunca usou o uniforme fora de casa.
“[Ele] tirava fotos que encaminhava via WhatsApp para mulheres, possíveis pretendentes. Sobre as armas disse que uma é de pressão e a outra é de um amigo que é policial militar”, consta trecho do depoimento de Alex.
O delegado perguntou sobre o distintivo, mas o suspeito explicou que jogou fora. Alex foi ouvido e vai responder criminalmente por uso ilegítimo de uniforme ou distintivo, posse ou porte de arma de fogo.
Ele foi liberado após o depoimento. Conforme o advogado dele, Alex nunca se aproveitou do uniforme para sair de casa ou em algum tipo de situação, apenas mandava para mulheres.
As buscas foram realizadas em um apartamento no Bairro Santa Marta, em Cuiabá. Os policiais apreenderam uniformes completo da Polícia Civil, contendo, inclusive, o brasão da instituição.
A denúncia chegou até a polícia no dia 30 de julho e informava sobre um rapaz que estaria com arma de fogo, uniformes e se passando por investigador. Fotos tiradas pelo suspeito também foram compartilhadas no aplicativo WhatsApp.