Na sexta-feira e no sábado, dias 17 e 18 de novembro respectivamente aconteceu a VI edição do Kalunga, com o tema Brasilidade: Resistência e Identidade. O evento cultural foi para despertar na comunidade juarense a importância do Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro.
Apresentações culturais, exposições, roda de capoeira e de teatro fizeram parte das atividades, além da abordagem de temas como o racismo e a religiosidade. O VI Kalunga teve a participação de convidados de São Paulo, UERGS, UNEMAT, AJES/Juara, Casa de Umbanda Mãe Maria e comunidades indígenas.
“Reunimos aqui diversidade de grupos, de povos, refletindo em nossa História, em nossos quilombos e quilombolas, em todas as raças. O Kalunga é essa reunião de diversidade, de respeito, de tolerância, onde todos possam viver igualitariamente e compreender que o 20 de novembro não é apenas um feriado em nosso calendário, mas algo para se pensar na importância de Zumbi dos Palmares, negro que dedicou a vida para a libertação dos escravos” disse a presidente do Instituto Ilê Axé – Movimento Negro de Juara, Cervam Gomes.
Os organizadores do Kalunga estimavam cerca de 500 inscrições de participantes, porém o número ultrapassou as expectativas chegando a 630. Outro destaque desta edição foi a gravação, ao vivo, de um CD de capoeira com músicas inéditas.
A professora Valdineia Alcântara destacou como altamente positivo o VI Kalunga. “Evento recheado de reflexão, contribuição de pesquisadores sobre relações inter-raciais e apresentações de trabalhos científicos e de pesquisas. Este é um projeto que deu certo e melhora a cada ano que passa. Obrigada pelo apoio de todos” disse a professora a reportagem da RECORD TV/Juara e AMPLITUDE FM.
Uma bela apresentação foi feita pela Casa de Umbanda Mãe Maria que demonstrou um pouco da religiosidade de matriz africana. Para a Yiá – Mãe no Santo, Márcia Andréia, um momento sublime de convite a paz.
“Convivemos em harmonia com a natureza, com as coisas de Deus e buscamos a paz entre todos os povos, respeitando todas as religiões. Que o feriado do Dia da Consciência Negra desperte em todos o espírito de liberdade, de fraternidade” disse.
Uma equipe de Brasnorte esteve presente com apresentações culturais. A capoeira contou com representantes de Aripuanã e de Novo Horizonte do Norte que realizou a graduação de alunos no chamado Batismo de Capoeira, com o Mestre Bicudo, da cidade de Tangará da Serra.