Malversação de Arrecadações ao Hospital de Câncer de Mato Grosso continuam sendo apontadas.
Diante da pressão popular, do requerimento legislativo e das diversas denuncias e manifestações pelas redes sociais, pelo que tudo indica o Presidente da Câmara de Guarantã do Norte, Celso Henrique Batista da Silva, então parceiro colaborador e responsável pela organização dos Leilões em Prol do Hospital de Câncer de Mato Grosso no município e em Novo Mundo, está se vendo na obrigação de prestar contas e apresentar os protocolos, balancetes financeiros e demais documentos comprobatórios inerentes a arrecadação, leilão de gado e a doação de recursos financeiros aquela instituição de saúde no exercício de 2016.
Pelo que consta no Boletim Informativo do Hospital de Câncer de Mato Grosso em sua Página 30, da Edição 15 deste ano de 2017, verifica-se que o leilão realizado nas cidades de Guarantã do Norte e Novo Mundo arrecadou pouco mais de R$ 109 mil --- valor oficialmente repassado pela então comissão organizadora.
Contrapondo estes dados financeiros, uma liderança comunitária da denominada ‘Linha Fogo’ do município de Guarantã do Norte, profundo conhecedor da qualidade do rebanho bovino e do valor econômico agregado e válido para cada cabeça de gado, disse que num plantel de aproximadamente 200 cabeças de gado, o valor mínino de arrecadação não poderia baixar dos R$ 130 mil, sem contar os demais leilões de prendas doadas para o evento, e a iniciativa daqueles que arrematam e doam novamente para o Hospital de Câncer de Mato Grosso.
“Rapaz, numa festa com aquela a arrecadação tinha que dar mais de R$ 200 mil, com o leilão de gado, porco e até cachorro de raça leiloado por R$ 6 mil”, declarou em um áudio que está circulando nas redes sociais o líder comunitário.
Durante a sessão ordinária do Poder Legislativo Guarantaense, o vereador Zilmar Assis de Lima, deverá apresentar em tribuna todas as denúncias elencadas e cobrará mais uma vez em nome de todos os que já ajudaram e ajudam o Hospital de Câncer com doações espontâneas mesmo em tempos de crise econômica, confiando na transparência das comissões organizadoras, em especial daqueles que já foram atendidos e venceram essa doença devastadora por meio desta importante instituição que não sobreviveria única e exclusivamente custeada pelo Sistema Único de Saúde - SUS.
Outra denuncia a desfavor do atual Presidente do Poder Legislativo Municipal, Celso Henrique Batista da Silva, diz respeito a concessão de benefício indevido a uma servidora da Câmara de Vereadores que atua simultaneamente na Casa de Leis e em uma Empresa Terceirizada junto a CIRETRAN, observando a incompatibilidade de horários e a ilegalidade do ato, uma vez que a funcionária deveria cumprir obrigatoriamente a sua carga horária, como os demais servidores, sem favorecimentos e dentro do que estabelece e designa a organização funcional do parlamento. Isso só seria possível se houvesse cargas horárias compatíveis. Neste contexto existem provas cabais em áudio e vídeo que podem resultar em pedido de abertura de sindicância e até mesmo em procedimentos legislativos de afastamento do vereador de seu mandato eletivo.