A mãe da bebê indígena enterrada viva pela família em Canarana, a 838 km de Cuiabá, visita diariamente a criança, que permanece em um abrigo do município.
O juiz Darwin de Souza Pontes, da 1ª Vara Criminal e Cível de Canarana. autorizou as visitas da mãe biológica. O Ministério Público Estadual (MPE) emitiu parecer favorável pelo pedido da mãe.
Segundo informações do Ministério Público Estadual (MPE), a mãe vai diariamente no abrigo para amamentar e dar banho na criança, que vai completar quatro meses de vida.
Ainda de acordo com informações do MPE, a Justiça aguarda a realização de um exame de DNA para definir o futuro da bebê indígena.
Tanto a mãe quanto o pai, ambos menores de idade e de etnias diferentes, brigam na Justiça pela guarda da menina.
A recém-nascida foi resgatada em maio deste ano. Segundo a polícia, ela chegou a passar 6 horas debaixo da terra.
A avó do bebê, Tapoalu Kamayura, de 33 anos, e a mãe dela, Kutsamin Kamayura, de 57 anos, foram presas e teriam premeditado o crime.
Kutsamin alegou à polícia que enterrou a menina por acreditar que ela estivesse morta. As investigações apontaram que elas não aceitavam a criança pelo fato dela ser filha de mãe solteira e o pai ser de outra etnia.
As duas foram soltas e usam tornozeleira eletrônica por determinação da Justiça. O G1 tentou, mas não consegiu localizar a defesa de Kutsamin e de Tapoalu.
Resgate
A Polícia Civil estima que a criança ficou enterrada por seis horas – entre as 14h e 20h do dia 5 de maio deste ano em uma cova de 50 centímetros de profundidade. No dia 6, a menina foi internada na Santa Casa de Cuiaba