Duas ossadas foram encontradas em um terreno de uma propriedade rural nessa quinta-feira (6) na estrada Coxipó Mirim, região do Bairro Brasil 21, em Cuiabá.
A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) informou que a suspeita é de que as ossadas sejam do mototaxista Reinaldo Ribeiro de Barros, de 38 anos, e de Rubens Eloy da Silva.
Os restos mortais foram localizados por um trabalhador contratado para roçar o terreno e fazer a limpeza da área rural.
No local, além das ossadas, foi localizada uma carteira com um boletim de ocorrência de extravio de documento em nome de Reinaldo Ribeiro Barros.
A equipe de local de crime entrou em contato com a equipe que investiga as duas mortes.
Foi cogitado que as vestimentas e acessórios poderiam ser das vítimas Reinaldo e Rubens. As ossadas foram enviadas ao Instituto Médico Legal (IML) de Cuiabá. A DHPP pediu perícias e exame de confronto de DNA para confirmar se os restos mortais são das duas vítimas.
Em fevereiro de 2018, Reinaldo e Rubens foram executados a mando de uma facção criminosa, tendo como motivação a morte da grávida, Viviane da Silva Ângela, de 18 anos, cuja autoria foi atribuída a Reinaldo e Rubens.
Na ocasião, um vídeo foi gravado mostrando as vítimas sendo decapitadas ainda com vida.
Viviane foi encontrada morta no dia 18 de fevereiro, na Ponte de Ferro, na capital.
Reinaldo, que é mototaxista, foi chamado para atender a jovem disse que a pegou no Bairro Jardim Vitória, em Cuiabá, e a levou para a estrada da Ponte de Ferro, em um bar.
Ele prestou depoimento na DHPP e disse que há seis meses prestava serviço de mototáxi para a vítima.
A testemunha relatou, ainda, que a jovem foi agredida por um homem quando desceu da motocicleta.
O resultado do exame de necropsia da jovem apontou que a causa da morte dela foi traumatismo craniano causado por golpes sofridos na face e no crânio.
A morte de Reinaldo era atribuída a Kelves Gonçalves da Silva, 28 anos, o Kelvinho, que morreu em confronto com a polícia neste ano. Ele era procurado por participar do sequestro da empresária Milene Falcão Ewbank, em novembro do ano passado.