A quadrilha que é alvo da Operação Jaleco Preto, deflagrada em Mato Grosso nesta quinta-feira (23), lucravaca em média R$ 200 mil por mês aplicando golpes nas famílias de pacientes internados em mais de 10 hospitais públicos e privados de 30 municípios brasileiros, segundo a Polícia Civil. O crime é conhecido como "golpe da UTI".
A operação realizada pela Polícia Civil de Manaus, em conjunto com a Polícia Civil de Mato Grosso, cumpriu nove dos 11 mandados de prisão, 10 em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, e um na capital.
A organização criminosa era comandada por dois detentos da Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa, a Mata Grande, em Rondonópolis. De acordo com a polícia, eles eram os responsáveis pelos golpes aplicados por telefone.
Outros nove integrantes da organização criminosa, que tiveram a prisão decretada deram números de contas para receber depósitos das famílias das vítimas. Duas pessoas ainda não foram presas.
A investigação começou há três meses em Manaus, após as vítimas receberem ligações de estelionatários que se passaram por médicos. Muitas vítimas, segundo a polícia, receberam as ligações dos criminosos no mesmo dia em que os parentes morreram, o que levantou a suspeita e então começaram as investigações.
Como há envolvimento dessa quadrilha com outros crimes, a polícia adiantou que existe a suspeita de mais pessoas com essa organização de estelionatários.
Os membros da quadrilha irão responder por estelionato e associação criminosa.
Em 20 dias de investigação, foram identificadas 10 vítimas em Manaus. Também há vítimas em Goiás, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Pará.