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Alunas da UFMT relatam assédio sexual dentro da universidade e reclamam da falta de segurança

Alunas da UFMT relatam assédio sexual dentro da universidade e reclamam da falta de segurança

Data: Sexta-feira, 14/09/2018 09:25
Fonte: G1 MT

Alunas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus Cuiabá, relatam que estão sofrendo assédio sexual dentro da universidade e que, apesar do local possuir vigias, se sentem inseguras.

Durante uma reunião realizada nessa quarta-feira (12) com representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE), diretores de unidades acadêmicas e a Coordenação de Segurança da UFMT, a universidade apresentou propostas para aumentar a iluminação e o número de vigias, além do retorno das rondas policiais dentro do campus e campanhas para que os alunos saibam como lidar com essas situações.

Ao G1 uma estudante de Saúde Coletiva, 29 anos, que pediu para não ser identificada, contou que há duas semanas ela e outras duas colegas que cursam Biologia foram assediadas e perseguidas por um homem próximo ao bloco de Direito.

“Encontrei as meninas correndo e chorando. Quando perguntei o que tinha acontecido, elas me disseram que um homem mostrou o órgão genital e cuspiu nelas. Fomos caminhando até o guarda para contar o que houve e o homem veio atrás de nós fazendo ameaças”, contou.

Segundo a estudante, na semana passada o mesmo homem entrou no banheiro feminino do bloco de Saúde Coletiva e assediou outras meninas. Na mesma semana, ela encontrou o homem com a mão nos órgãos genitais e tentou despistar ele.

“Ele é jovem e é facilmente confundido com outros estudantes. Já avisamos os vigias, mas eles disseram que não podem fazer nada, pois são guardas de patrimônio”, disse.

Outra estudante, de 19 anos, disse que está sendo perseguida há mais de uma semana por dois homens em um carro, dentro da universidade. Segundo ela, o caso se repetiu nessa quarta-feira (13).

“Isso acontece de manhã, quando estou sozinha. Um deles fica me encarando e dando um sorriso irônico. Ontem chegou perto de mim e disse alguma coisa, mas eu estava de fone e não ouvi e saí de perto o mais rápido possível. Tenho muito medo”, relatou.

De acordo com as estudantes entrevistadas pelo G1, ainda não houve registro de boletim de ocorrência, pois têm vergonha. No entanto, a universidade já foi informada sobre os acontecimentos