Após fazer uma campanha, a mãe da estudante de medicina Sthefany de Lima Faria, de 18 anos, viajou para a Bolívia para acompanhar a filha que está internada no Hospital Universitário de Santa Cruz de La Sierra. O tio dela, Alex Lima, disse que a mãe da universitária foi de carro para o país vizinho e está lá desde o fim de semana.
Sthefany foi diagnosticada com uma mancha no cérebro. Segundo a família, que mora em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, sofre com distúrbios do sono e excesso de atividade cerebral.
Na última quarta-feira (12), a estudante sentiu fortes dores no abdômen e na cabeça, e durante a noite vomitou várias vezes. Na manhã seguinte, a adolescente foi para a universidade para fazer uma prova e desmaiou.
A estudante recebeu os primeiros socorros ainda na universidade e foi reanimada por professores e alunos que estavam no local.
Ela foi levada ao hospital, onde os médicos avaliaram que a possibilidade de as dores do abdômen terem relação com os problemas estomacais que Sthefany já teve. No entanto, a hipótese foi descartada após exames.
De acordo com os parentes, a estudante se queixava de fortes dores na cabeça e pedia sempre para descansar. Os médicos aplicaram sedativos e, quando estava inconsciente, ela sofreu outras paradas cardíacas.
O tio da universitária Alex Lima explicou que Sthafany chegou a ser amarrada na cama, após se debater e cair no chão durante uma convulsão.
"Durante as crises, ela se debatia com força na cama, derrubava os aparelhos e se machucava. Ela chegou a ser amarrada na cama e isso fez com que ficasse ferida nos braços", disse.
Alex explicou que a mãe de Sthefany pediu que os médicos parassem de dar sedativos para que a filha pudesse realizar um eletroencefalograma. Após parar de tomar os medicamentos, a estudante recuperou a consciência e não teve mais episódios de convulsões.
Sthefany foi diagnosticada com uma mancha no cerébro, no entanto, ainda não se sabe a origem, além excesso de atividade cerebral decorrente da pressão psicológica sofrida por estar em um novo país e distúrbios psicossomáticos.
O tio contou que durante a noite, Sthefany tinha pesadelos e episódios de sonambulismo.
A estudante se mudou para a Bolívia no mês de junho. Ela divide moradia com outros estudantes e não tem nenhuma referência familiar no país.
"Na Bolívia, o curso é mais barato e o ensino é melhor do que aqui. Lá não tem vestibular e uma universidade privada (no Brasil) é muito cara", disse.
Alex contou que a jovem está com a visão turva e consegue falar normalmente, porém, ainda se alimenta apenas com líquidos.