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Corpo de bebê guardado por 5 anos em escaninho de prédio é sepultado em Goiânia; mãe foi condenada pela morte

Depois de ser encontrado, cadáver ainda ficou por dois anos no Instituto Médico Legal. Criança seria fruto de relacionamento extraconjugal da mãe, Márcia Zaccarelli.

Data: Sábado, 22/09/2018 12:46
Fonte: G1

O corpo do bebê que ficou guardado por cinco anos no escaninho de um prédio em Goiânia foi sepultado em um cemitério de Goiânia. Depois de ser descoberto, ele ainda ficou dois anos no Instituto Médico Legal. A mãe, a professora Márcia Zaccarelli, foi condenada a 18 anos de prisão por matar a filha, mas absolvida do crime de ocultação de cadáver. Ela foi solta na quarta-feira (19) para poder recorrer em liberdade.

O bebê foi registrado como Maria Eduarda Zaccarelli. Ela foi sepultada no dia 6 de setembro, sete anos e seis meses depois de sua morte. A guia de sepultamento foi apresentada ao juiz Jesseir Coelho de Alcântara na quarta-feira (19).

Márcia deu à luz em 15 março de 2011. Quando saiu do hospital, matou o bebê, que era fruto de um relacionamento extraconjugal. A professora foi presa no dia 9 de agosto de 2016, quando o ex-marido encontrou o corpo do bebê no escaninho do prédio em que a mulher morava.

Após ser detida, ela confessou que a matou e escondeu o cadáver no escaninho do prédio em que morava. Porém, em seu julgamento, disse que a morte da criança foi um acidente e que quem escondeu o corpo do bebê foi seu marido.

Após ser condenada a 18 anos e 8 meses pelo homicídio, o juiz Jesseir Coelho de Alcântara permitiu que ela recorresse em liberdade com a condição de que ela providenciasse o enterro para a filha.

De acordo com o juiz, como isso não foi feito, foi expedido um mandado de prisão contra ela, cumprido no dia 3 de setembro. A prisão foi revogada no dia 19. “Como ela providenciou o enterro e a guia de sepultamento foi anexada ao processo, o motivo para a prisão já não existe mais”, explicou o magistrado.

O advogado Paulo Roberto Borges da Silva, que defende a professora, explicou que o pedido de prisão foi indevido. “O enterro não tinha acontecido antes do julgamento por questões processuais, íamos pedir exames ainda. Depois do julgamento, quando foi determinado o enterro, já providenciamos o agendamento, mas a prisão aconteceu antes do sepultamento, sendo que ele já estava marcado”, explicou.

Por fim, ele também disse que entrou com um pedido para que o julgamento seja anulado. “No júri, nós arrolamos uma testemunha em caráter imprescindível, que era o ex-marido dela. Ele não foi e o juiz manteve o julgamento do mesmo jeito”, completou.