Uma jovem de 18 anos confessou ter assassinado o taxista Marcelo da Costa Pinto, de 38 anos, no dia 9 deste mês, junto com o marido dela, para roubar a vítima. Kauane Gomes Barbosa, que está presa desde o dia do crime, cometido em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, foi indiciada pela Polícia Civil por latrocínio - roubo seguido de morte. O inquérito foi concluído nesta sexta-feira (21).
O marido de Kauane, Pedro Henrique Costa Nascimento, foi linchado e morto por um grupo de cerca de 50 taxistas, colegas de Marcelo, na mesma data do latrocínio, segundo a polícia.
O taxista foi morto a facadas após ser chamado para fazer uma corrida no Bairro Vila Operária. Ao chegar ao local solicitado, ele foi rendido pelo casal.
Segundo a Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que investigou o crime, os colegas da vítima souberam do crime, descobriram onde o casal estava e lincharam um dos suspeitos.
De acordo com o delegado Santtiago Sanches, Kauane conseguiu fugir dos taxistas e presa em seguida. Ela prestou dois depoimentos na delegacia e confessou que ela e o marido praticaram o crime.
“Ela disse que eles teriam chamado o táxi já com a intenção de praticar o roubo e que ela auxiliou o marido a amarrar a vítima. Eles o renderam, o amarraram e o asfixiaram”, contou.
O delegado afirmou que Kauane contou que após ver que a vítima estava morta o marido ainda deu alguns golpes de canivete.
Além do assassinato, o casal teria roubado uma bolsa com dinheiro, que estava dentro do veículo.
Durante a investigação, outra pessoa reconheceu o casal através de uma reportagem e procurou a DHPP, relatando que também tinha sido vítima de um crime cometido por eles, no dia 8 deste mês.
“O casal teria abordado essa testemunha próxima a um estabelecimento comercial e teria tentado praticar o roubo, mas não foi consumado, pois a vítima conseguiu fugir com o carro”, disse o delegado.
Marcelo da Costa Pinto foi morto em Rondonópolis nesse domingo — Foto: TV Centro América
O corpo de Marcelo foi encontrado no mesmo Bairro onde foi chamado para a corrida. Ele estava com as mãos amarradas e tinha seis marcas de facadas no corpo. O veículo dele foi abandonado no local do crime.
Uma testemunha disse à Polícia Militar que um casal tinha sido visto saindo correndo do local.
Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamada, mas o taxista já havia morrido.