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Avião dado por ex-governador de MT em acordo com a Justiça deve começar a ser usado na próxima semana

Silval Barbosa (PMDB) fez acordo para devolver mais de R$ 70 milhões aos cofres públicos. A aeronave, que tem capacidade para 6 pessoas, é avaliada em R$ 900 mil.

Data: Sábado, 25/11/2017 15:55
Fonte: G1 MT

A aeronave que pertencia ao ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB) dado em um acordo com a Justiça deve começar a ser usado pelo Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) na próxima semana. A informação é da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT). O avião, que será usado no transporte de autoridades e presos, é avaliado em R$ 900 mil.

Silval Barbosa ficou quase dois anos preso e deixou a prisão em junho deste ano depois de fazer acordo com a Justiça para a devolução de bens, como forma de restituir os cofres públicos. Ele está preso em regime domiciliar com tornozeleira eletrônica.

O ex-governador, que já confessou ter participado de um esquema de corrupção no governo de Mato Grosso, durante a gestão dele, deve devolver mais de R$ 70 milhões desviados dos cofres públicos, sendo R$ 46,6 milhões por meio da alienação de cinco bens.

O avião, segundo o governo, já passou por testes e tem capacidade para atender a demanda. Para o uso efetivo a aeronave ainda deve passar por manutenção e caracterização. A aeronave modelo EMB-810D, prefixo PT- VRX, Sêneca III, do ano de 1995, com capacidade para seis pessoas.

 
Silval firmou acordo de delação premiada com a Justiça (Foto: Lislaine dos Anjos/G1)

Silval firmou acordo de delação premiada com a Justiça (Foto: Lislaine dos Anjos/G1)

 

Devolução de bens

 

Em acordo de delação firmado com a Procuradoria Geral da República (PGR), que foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no mês passado, Silval Barbosa confessou uma série de esquemas criminosos envolvendo políticos, conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e empresários.

Silval também confessou, em depoimento prestado à Delegacia Fazendária no dia 1º de junho, que desviou dinheiro público, com a ajuda do filho, de ex-secretários, e de outras pessoas. Um dos motivos para o crime seria o pagamento de dívida de campanha.