O médico Artur Neto, que foi agredido pelo marido de uma paciente que aguardava atendimento no Centro Hospitalar Parecis Euclides Horst, em Campo Novo do Parecis, a 397 km de Cuiabá, disse que estava na sala de emergência com um colega que fazia um procedimento quando foi surpreendido pelo homem.
"Ele queria que eu atendesse que atender de forma imediata e que eu era obrigado a atender", afirmou.
O médico disse ter pedido que o homem colocasse a mulher em uma maca e que ele se recusou e começou a agressão.
"Ele tentou me desferir alguns socos e um deles atingiu o meu lábio superior", contou.
O médico chamou os policiais que foram até o hospital e encaminharam o suspeito à delegacia.
José Genaldo da Silva Santos, de 27 anos, prestou depoimento e deu outra versão sobre o caso.
O delegado da Polícia Civil, Adil Pinheiro, explicou que o homem foi ouvido e liberado. "Ele confirma que fez ingestão de álcool antes de ir ao hospital e agora vamos ouvir as testemunhas, incluindo a mulher do suspeito", afirmou.
Ele pode responder por desacato e lesão corporal leve.
Em nota, o Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) lamentou a agressão sofrida por Artur Neto e ressaltou que o conselho condena toda e qualquer forma de violência, caracterizada por ameaças e agressões verbais ou físicas.
O presidente da associação que mantém o hospital, Ademir Marrafon, disse que depois do caso vai providenciar mais segurança para os funcionários.
A reportagem não conseguiu contato com o suspeito da agressão.
